Nome: O nome é extraído dos reis cujos feitos os livros relatam. A história dos reis israelitas começa nos livros de Samuel e continua nos dois livros dos Reis. Nesses livros cada rei é julgado de acordo com a sua fidelidade a Deus. A partir de Salomão, o terceiro rei do povo judeu, o reinado é dividido entre os reinos do Norte (Israel) e do Sul (Judá), sucedendo-se reis e profetas em cada reinado.
Esboço - II Reis:
O reino dividido - caps.1-17
O reino de Judá - caps.18-24
A queda de Jerusalém - cap.25
Capítulos: 25
Palavra chave: Realeza
Versículos chave: I Rs 2.2,23
Autor: Segundo uma tradição rabínica Jeremias,
mas não se pode afirmar com certeza.
Data: 970-560 a.C.
Mensagens: - II Reis:
Complementando as lições encontradas em I Reis e como um tipo
de resultado da condição lá evidenciada, podemos mencionar o
seguinte:
1) Com relação ao fracasso dos governos humanos. Aqui
encontramos:
a) A causa - um sentimento perdido de Jeová. Veja a adoração
idólatra e a incapacidade dos reis em verem que Deus estava
trabalhando entre eles.
b) As manifestações - a perda de ideais nacionais. Observe os
baixos ideais de justiça e a pequena preocupação com o pecado.
c) O abandono - uma consciência insensível. Perceba as suas
reformas superficiais, sua negligência às ordenanças
religiosas, etc.
d) O resultado - conquistados, capturados, levados à derrota
nacional.
2) Com relação à vitória do governo divino. Isso é visto:
a) Em seu propósito Estude a promessa de Deus a Abraão.
b) Em sua persistência - observe as repetidas profecias e advertências.
c) Em seu poder. Ele nunca permitirá a partida de seu povo, mas
o seguirá até lhe dar segurança.
3) Com relação à perda de visão de Deus por parte do homem. Isso conduz à ideais degradados, consciências mortas e propósitos já derrotados.
Escolha o capítulo que deseja estudar:
II Reis
1
1. Depois da morte de Acabe, Moabe se rebelou contra Israel.
2. Ora, Acazias caiu pela grade do seu quarto alto em Samária, e
adoeceu; e enviou mensageiros, dizendo-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube,
deus de Ecrom, se sararei desta doença.
3. O anjo do Senhor, porém, disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe
para te encontrares com os mensageiros do rei de Samária, e dize-lhes:
Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de
Ecrom?
4. Agora, pois, assim diz o Senhor: Da cama a que subiste não descerás,
mas certamente morrerás. E Elias se foi.
5. Os mensageiros voltaram para Acazias, que lhes perguntou: Que há, que
voltastes?
6. Responderam-lhe eles: Um homem subiu ao nosso encontro, e nos disse:
Ide, voltai para o rei que vos mandou, e dizei-lhe: Assim diz o Senhor:
Porventura não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube,
deus de Ecrom? Portanto, da cama a que subiste não descerás, mas certamente
morrerás.
7. Pelo que ele lhes indagou: Qual era a aparência do homem que subiu ao
vosso encontro e vos falou estas palavras?
8. Responderam-lhe eles: Era um homem vestido de pelos, e com os lombos
cingidos dum cinto de couro. Então disse ele: É Elias, o tisbita.
9. Então o rei lhe enviou um chefe de cinqüenta, com os seus
cinqüenta. Este subiu a ter com Elias que estava sentado no cume do monte, e
disse-lhe: Ó homem de Deus, o rei diz: Desce.
10. Mas Elias respondeu ao chefe de cinqüenta, dizendo-lhe: Se eu, pois,
sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta.
Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
11. Tornou o rei a enviar-lhe outro chefe de cinqüenta com os seus
cinqüenta. Este lhe falou, dizendo: Ó homem de Deus, assim diz o rei: Desce
depressa.
12. Também a este respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo
do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu
do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
13. Ainda tornou o rei a enviar terceira vez um chefe de cinqüenta com
os seus cinqüenta. E o terceiro chefe de cinqüenta, subindo, veio e pôs-se de
joelhos diante de Elias e suplicou-lhe, dizendo: ó homem de Deus, peço-te que
seja preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes cinqüenta teus
servos.
14. Eis que desceu fogo do céu, e consumiu aqueles dois primeiros chefes
de cinqüenta, com os seus cinqüenta; agora, porém, seja preciosa aos teus
olhos a minha vida.
15. Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este; não tenhas
medo dele. Levantou-se, pois, e desceu com ele ao rei.
16. E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a
consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura é porque não há Deus em
Israel, para consultares a sua palavra? Portanto, desta cama a que subiste não
descerás, mas certamente morrerás.
17. Assim, pois, morreu conforme a palavra do Senhor que Elias falara. E
Jorão começou a reinar em seu lugar no ano segundo de Jeorão, filho de
Jeosafá, rei de Judá; porquanto Acazias não tinha filho.
18. Ora, o restante dos feitos de Acazias, porventura não está escrito
no livro das crônicas dos reis de Israel?
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II Reis 2
1. Quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias
partiu de Gilgal com Eliseu.
2. Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me envia a Betel.
Eliseu, porém disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E
assim desceram a Betel.
3. Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro
de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por
sobre a tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos.
4. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me envia a
Jericó. Ele, porém, disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te
deixarei. E assim vieram a Jericó.
5. Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a
Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a
tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos.
6. E Elias lhe disse: Fica-te aqui, porque o senhor me envia ao Jordão.
Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim
ambos foram juntos.
7. E foram cinqüenta homens dentre os filhos dos profetas, e pararam
defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.
8. Então Elias tomou a sua capa e, dobrando-a, feriu as águas, as quais
se dividiram de uma à outra banda; e passaram ambos a pé enxuto.
9. Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que
eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja
sobre mim dobrada porção de teu espírito.
10. Respondeu Elias: Coisa difícil pediste. Todavia, se me vires quando
for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.
11. E, indo eles caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com
cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai! o carro de Israel, e
seus cavaleiros! E não o viu mais. Pegou então nas suas vestes e as rasgou em
duas partes;
13. tomou a capa de Elias, que dele caíra, voltou e parou à beira do
Jordão.
14. Então, pegando da capa de Elias, que dele caíra, feriu as águas e
disse: Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se
dividiram de uma à outra banda, e Eliseu passou.
15. Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte dele em
Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vindo ao seu
encontro, inclinaram-se em terra diante dele.
16. E disseram-lhe: Eis que entre os teus servos há cinqüenta homens
valentes. Deixa-os ir, pedimos-te, em busca do teu senhor; pode ser que o
Espírito do Senhor o tenha arrebatado e lançado nalgum monte, ou nalgum vale.
Ele, porém, disse: Não os envieis.
17. Mas insistiram com ele, até que se envergonhou; e disse-lhes:
Enviai. E enviaram cinqüenta homens, que o buscaram três dias, porém não o
acharam.
18. Então voltaram para Eliseu, que ficara em Jericó; e ele lhes disse:
Não vos disse eu que não fôsseis?
19. Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que a situação desta
cidade é agradável, como vê o meu senhor; porém as águas são péssimas, e
a terra é estéril.
20. E ele disse: Trazei-me um jarro novo, e ponde nele sal. E lho
trouxeram.
21. Então saiu ele ao manancial das águas e, deitando sal nele, disse:
Assim diz o Senhor: Sarei estas águas; não mais sairá delas morte nem
esterilidade.
22. E aquelas águas ficaram sãs, até o dia de hoje, conforme a palavra
que Eliseu disse.
23. Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos
saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: Sobe, calvo; sobe, calvo!
24. E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou em nome do
Senhor. Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois
daqueles meninos.
25. E dali foi para o monte Carmelo, de onde voltou para Samária.
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II Reis 3
1. Ora, Jorão, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em
Samária, no décimo oitavo ano de Jeosafá, rei de Judá, e reinou doze anos.
2. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, porém não como seu pai, nem
como sua mãe; pois tirou a coluna de Baal que seu pai fizera.
3. Contudo aderiu aos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que este
fizera Israel pecar, e deles não se apartou.
4. Ora, Messa, rei dos moabitas, era criador de ovelhas, e pagava de
tributo ao rei de Israel cem mil cordeiros, e cem mil carneiros com a sua lã.
5. Sucedeu, porém, que, morrendo Acabe, o rei dos moabitas se rebelou
contra o rei de Israel.
6. Por isso, nesse mesmo tempo Jorão saiu de Samária e fez revista de
todo o Israel.
7. E, pondo-se em marcha, mandou dizer a Jeosafá, rei de Judá: O rei
dos moabitas rebelou-se contra mim; irás tu comigo a guerra contra os moabitas?
Respondeu ele: Irei; como tu és sou eu, o meu povo como o teu povo, e os meus
cavalos como os teus cavalos.
8. E perguntou: Por que caminho subiremos? Respondeu-lhe Jorão: Pelo
caminho do deserto de Edom.
9. Partiram, pois, o rei de Israel, o rei de Judá e o rei de Edom; e
andaram rodeando durante sete dias; e não havia água para o exército nem para
o gado que os seguia.
10. Disse então o rei de Israel: Ah! o Senhor chamou estes três reis
para entregá-los nas mãos dos moabitas.
11. Perguntou, porém, Jeosafá: Não há aqui algum profeta do Senhor
por quem consultemos ao Senhor? Então respondeu um dos servos do rei de Israel,
e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de
Elias.
12. Disse Jeosafá: A palavra do Senhor está com ele. Então o rei de
Israel, e Jeosafá, e o rei de Edom desceram a ter com ele.
13. Eliseu disse ao rei de Israel: Que tenho eu contigo? Vai ter com os
profetas de teu pai, e com os profetas de tua mãe. O rei de Israel, porém, lhe
disse: Não; porque o Senhor chamou estes três reis para entregá-los nas mãos
dos moabitas.
14. Respondeu Eliseu: Vive o Senhor dos exércitos, em cuja presença
estou, que se eu não respeitasse a presença de Jeosafá, rei de Judá, não te
contemplaria, nem te veria.
15. Agora, contudo, trazei-me um harpista. E sucedeu que, enquanto o
harpista tocava, veio a mão do Senhor sobre Eliseu.
16. E ele disse: Assim diz o Senhor: Fazei neste vale muitos poços.
17. Porque assim diz o Senhor: Não vereis vento, nem vereis chuva;
contudo este vale se encherá de água, e bebereis vós, os vossos servos e os
vossos animais.
18. E ainda isso é pouco aos olhos do Senhor; também entregará ele os
moabitas nas vossas mãos,
19. e ferireis todas as cidades fortes e todas as cidades escolhidas,
cortareis todas as boas árvores, tapareis todas as fontes d'água, e cobrireis
de pedras todos os bons campos.
20. E sucedeu que, pela manhã, à hora de se oferecer o sacrifício, eis
que vinham as águas pelo caminho de Edom, e a terra se encheu d'água:
21. Ouvindo, pois, todos os moabitas que os reis tinham subido para
pelejarem contra eles, convocaram-se todos os que estavam em idade de pegar
armas, e daí para cima, e puseram-se às fronteiras.
22. Levantaram-se os moabitas de madrugada e, resplandecendo o sol sobre
as águas, viram diante de si as águas vermelhas como sangue;
23. e disseram: Isto é sangue; certamente os reis pelejaram entre si e
se mataram um ao outro! Agora, pois, à presa, moabitas!
24. Quando, porém, chegaram ao arraial de Israel, os israelitas se
levantaram, e bateram os moabitas, os quais fugiram diante deles; e ainda
entraram na terra, ferindo ali também os moabitas.
25. E arrasaram as cidades; e cada um deles lançou pedras em todos os
bons campos, entulhando-os; taparam todas as fontes d'água, e cortaram todas as
boas árvores; somente a Quir-Haresete deixaram ficar as pedras; contudo os
fundeiros a cercaram e a feriram.
26. Vendo o rei dos moabitas que a peleja prevalecia contra ele, tomou
consigo setecentos homens que arrancavam da espada, para romperem contra o rei
de Edom; porém não puderam.
27. Então tomou a seu filho primogênito, que havia de reinar em seu
lugar, e o ofereceu em holocausto sobre o muro, pelo que houve grande
indignação em Israel; por isso retiraram-se dele, e voltaram para a sua terra.
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II Reis 4
1. Ora uma dentre as mulheres dos filhos dos profetas clamou a Eliseu,
dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao
Senhor. Agora acaba de chegar o credor para levar-me os meus dois filhos para
serem escravos.
2. Perguntou-lhe Eliseu: Que te hei de fazer? Dize-me o que tens em casa.
E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3. Disse-lhe ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus
vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.
4. Depois entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos; deita
azeite em todas essas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.
5. Então ela se apartou dele. Depois, fechada a porta sobre si e sobre
seus filhos, estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.
6. Cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Chega-me ainda uma
vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. Então o azeite
parou.
7. Veio ela, pois, e o fez saber ao homem de Deus. Disse-lhe ele: Vai,
vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
8. Sucedeu também certo dia que Eliseu foi a Suném, onde havia uma
mulher rica que o reteve para comer; e todas as vezes que ele passava por ali,
lá se dirigia para comer.
9. E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre
por nós é um santo homem de Deus.
10. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto sobre o muro; e ponhamos-lhe
ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, quando ele
vier a nós se recolherá ali.
11. Sucedeu que um dia ele chegou ali, recolheu-se àquele quarto e se
deitou.
l2 Então disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Ele a chamou, e ela se
apresentou perante ele.
13. Pois Eliseu havia dito a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado
com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se
fale por ti ao rei, ou ao chefe do exército? Ao que ela respondera: Eu habito
no meio do meu povo.
14. Então dissera ele: Que se há de fazer, pois por ela? E Geazi
dissera: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
15. Pelo que disse ele: Chama-a. E ele a chamou, e ela se pôs à porta.
16. E Eliseu disse: Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um
filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17. Mas a mulher concebeu, e deu à luz um filho, no tempo determinado,
no ano seguinte como Eliseu lhe dissera.
18. Tendo o menino crescido, saiu um dia a ter com seu pai, que estava
com os segadores.
19. Disse a seu pai: Minha cabeça! minha cabeça! Então ele disse a um
moço: Leva-o a sua mãe.
20. Este o tomou, e o levou a sua mãe; e o menino esteve sobre os
joelhos dela até o meio-dia, e então morreu.
21. Ela subiu, deitou-o sobre a cama do homem de Deus e, fechando sobre
ele a porta, saiu.
22. Então chamou a seu marido, e disse: Manda-me, peço-te, um dos
moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.
23. Disse ele: Por que queres ir ter com ele hoje? Não é lua nova nem
sábado. E ela disse: Tudo vai bem.
24. Então ela fez albardar a jumenta, e disse ao seu moço: Guia e anda,
e não me detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.
25. Partiu pois, e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo; e
sucedeu que, vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí
a sunamita;
26. corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe: Vais bem? Vai bem teu marido?
Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem.
27. Chegando ela ao monte, à presença do homem de Deus, apegou-se-lhe
aos pés. Chegou-se Geazi para a retirar, porém, o homem de Deus lhe disse:
Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo
manifestou.
28. Então disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu:
Não me enganes?
29. Ao que ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na
mão, e vai. Se encontrares alguém, não o saúdes; e se alguém te saudar,
não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.
30. A mãe do menino, porém, disse: Vive o senhor, e vive a tua alma,
que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.
31. Geazi foi adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino;
porém não havia nele voz nem sentidos. Pelo que voltou a encontrar-se com
Eliseu, e o informou, dizendo: O menino não despertou.
32. Quando Eliseu chegou à casa, eis que o menino jazia morto sobre a
sua cama.
33. Então ele entrou, fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.
34. Em seguida subiu na cama e deitou-se sobre o menino, pondo a boca
sobre a boca do menino, os olhos sobre os seus olhos, e as mãos sobre as suas
mãos, e ficou encurvado sobre ele até que a carne do menino aqueceu.
35. Depois desceu, andou pela casa duma parte para outra, tornou a subir,
e se encurvou sobre ele; então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.
36. Eliseu chamou a Geazi, e disse: Chama essa sunamita. E ele a chamou.
Quando ela se lhe apresentou, disse ele: Toma o teu filho.
37. Então ela entrou, e prostrou-se a seus pés, inclinando-se à terra;
e tomando seu filho, saiu.
38. Eliseu voltou a Gilgal. E havia fome na terra; e os filhos dos
profetas estavam sentados na sua presença. E disse ao seu moço: Põe a panela
grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
39. Então um deles saiu ao campo a fim de apanhar ervas, e achando uma
parra brava, colheu dela a sua capa cheia de colocíntidas e, voltando,
cortou-as na panela do caldo, não sabendo o que era.
40. Assim tiraram de comer para os homens. E havendo eles provado o
caldo, clamaram, dizendo: Ó homem de Deus, há morte na panela! E não puderam
comer.
41. Ele, porém, disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse:
Tirai para os homens, a fim de que comam. E já não havia mal nenhum na panela.
42. Um homem veio de Baal-Salisa, trazendo ao homem de Deus pães das
primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforje. Eliseu
disse: Dá ao povo, para que coma.
43. Disse, porém, seu servo: Como hei de pôr isto diante de cem homens?
Ao que tornou Eliseu: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor:
Comerão e sobejará.
44. Então lhos pôs diante; e comeram, e ainda sobrou, conforme a
palavra do Senhor.
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II Reis 5
1. Ora, Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem
diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele o Senhor dera
livramento aos sírios; era homem valente, porém leproso.
2. Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado presa, da terra de
Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3. Disse ela a sua senhora: Oxalá que o meu senhor estivesse diante do
profeta que está em Samária! Pois este o curaria da sua lepra.
4. Então Naamã foi notificar a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou
a menina que é da terra de Israel.
5. Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de
Israel. Foi, pois, e levou consigo dez talentos de prata, e seis mil siclos de
ouro e dez mudas de roupa.
6. Também levou ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a
ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da
sua lepra.
7. Tendo o rei de Israel lido a carta, rasgou as suas vestes, e disse:
Sou eu Deus, que possa matar e vivificar, para que este envie a mim um homem a
fim de que eu o cure da sua lepra? Notai, peço-vos, e vede como ele anda
buscando ocasião contra mim.
8. Quando Eliseu, o homem de Deus, ouviu que o rei de Israel rasgara as
suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir
ter comigo, e saberá que há profeta em Israel.
9. Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à
porta da casa de Eliseu.
10. Então este lhe mandou um mensageiro, a dizer-lhe: Vai, lava-te sete
vezes no Jordão, e a tua carne tornará a ti, e ficarás purificado.
11. Naamã, porém, indignado, retirou-se, dizendo: Eis que pensava eu:
Certamente ele sairá a ter comigo, pôr-se-á em pé, invocará o nome do
Senhor seu Deus, passará a sua mão sobre o lugar, e curará o leproso.
12. Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do
que todas as águas de Israel? não poderia eu lavar-me neles, e ficar
purificado? Assim se voltou e se retirou com indignação.
13. Os seus servos, porém, chegaram-se a ele e lhe falaram, dizendo: Meu
pai, se o profeta te houvesse indicado alguma coisa difícil, porventura não a
terias cumprido? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.
14. Desceu ele, pois, e mergulhou-se no Jordão sete vezes, conforme a
palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne dum menino, e
ficou purificado.
15. Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; chegando,
pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há
Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que do teu servo recebas um
presente.
16. Ele, porém, respondeu: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que
não o receberei. Naamã instou com ele para que o tomasse; mas ele recusou.
17. Ao que disse Naamã: Seja assim; contudo dê-se a este teu servo
terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu
servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.
18. Nisto perdoe o Senhor ao teu servo: Quando meu amo entrar na casa de
Rimom para ali adorar, e ele se apoiar na minha mão, e eu também me tenha de
encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto
perdoe o Senhor ao teu servo.
19. Eliseu lhe disse: Vai em paz.
20. Quando Naamã já ia a uma pequena distância, Geazi, moço de
Eliseu, o homem de Deus, disse: Eis que meu senhor poupou a este sírio Naamã,
não recebendo da mão dele coisa alguma do que trazia; vive o Senhor, que hei
de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.
21. Foi pois, Geazi em alcance de Naamã. Este, vendo que alguém corria
atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo, e perguntou: Vai tudo bem?
22. Respondeu ele: Tudo vai bem. Meu senhor me enviou a dizer-te: Eis que
agora mesmo vieram a mim dois mancebos dos filhos dos profetas da região
montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de roupa.
23. Disse Naamã: Sê servido de tomar dois talentos. E instou com ele, e
amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de roupa, e pô-los
sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante de Geazi.
24. Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das mãos deles e os depositou
na casa; e despediu aqueles homens, e eles se foram.
25. Mas ele entrou e pôs-se diante de seu amo. Então lhe perguntou
Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.
26. Eliseu porém, lhe disse: Porventura não foi contigo o meu
coração, quando aquele homem voltou do seu carro ao teu encontro? Era isto
ocasião para receberes prata e roupa, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos
e servas?
27. Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência
para sempre. Então Geazi saiu da presença dele leproso, branco como a neve.
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II Reis 6
1. Os filhos dos profetas disseram a Eliseu: Eis que o lugar em que
habitamos diante da tua face é estreito demais para nós.
2. Vamos, pois até o Jordão, tomemos de lá cada um de nós, uma viga,
e ali edifiquemos para nós um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide.
3. Disse-lhe um deles: Digna-te de ir com os teus servos. E ele
respondeu: Eu irei.
4. Assim foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortavam madeira.
5. Mas sucedeu que, ao derrubar um deles uma viga, o ferro do machado
caiu na água; e ele clamou, dizendo: Ai, meu senhor! ele era emprestado.
6. Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? E ele lhe mostrou o lugar.
Então Eliseu cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro.
7. E disse: Tira-o. E ele estendeu a mão e o tomou.
8. Ora, o rei da Síria fazia guerra a Israel; e teve conselho com os
seus servos, dizendo: Em tal e tal lugar estará o meu acampamento.
9. E o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares
por tal lugar porque os sírios estão descendo ali.
10. Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus
lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se salvou. Isso aconteceu não uma
só vez, nem duas.
11. Turbou-se por causa disto o coração do rei da Síria que chamou os
seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de
Israel?
12. Respondeu um dos seus servos: Não é assim, ó rei meu senhor, mas o
profeta Eliseu que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que
falas na tua câmara de dormir.
13. E ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu envie e mande
trazê-lo. E foi-lhe dito; Eis que está em Dotã.
14. Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os
quais vieram de noite e cercaram a cidade.
15. Tendo o moço do homem de Deus se levantado muito cedo, saiu, e eis
que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros. Então o moço
disse ao homem de Deus: Ai, meu senhor! que faremos?
16. Respondeu ele: Não temas; porque os que estão conosco são mais do
que os que estão com eles.
17. E Eliseu orou, e disse: Ó senhor, peço-te que lhe abras os olhos,
para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte
estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu.
18. Quando os sírios desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor, e disse:
Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme
o pedido de Eliseu.
19. Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a
cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samária.
20. E sucedeu que, chegando eles a Samária, disse Eliseu: Ó Senhor,
abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, e viram; e
eis que estavam no meio de Samária.
21. Quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei,
feri-los-ei, meu pai?
22. Respondeu ele: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses
prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água,
para que comam e bebam, e se vão para seu senhor.
23. Preparou-lhes, pois, um grande banquete; e eles comeram e beberam;
então ele os despediu, e foram para seu senhor. E as tropas dos sírios
desistiram de invadir a terra de Israel.
24. Sucedeu, depois disto, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntando todo
o seu exército, subiu e cercou Samária.
25. E houve grande fome em Samária, porque mantiveram o cerco até que
se vendeu uma cabeça de jumento por oitenta siclos de prata, e a quarta parte
dum cabo de esterco de pombas por cinco siclos de prata.
26. E sucedeu que, passando o rei de Israel pelo muro, uma mulher lhe
gritou, dizendo: Acode-me, ó rei meu Senhor.
27. Mas ele lhe disse: Se o Senhor não te acode, donde te acudirei eu?
da eira ou do lagar?
28. Contudo o rei lhe perguntou: Que tens? E disse ela: Esta mulher me
disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu
filho.
29. cozemos, pois, o meu filho e o comemos; e ao outro dia lhe disse eu:
Dá cá o teu filho para que o comamos; e ela escondeu o seu filho.
30. Ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes (ora,
ele ia passando pelo muro); e o povo olhou e viu que o rei trazia saco por
dentro, sobre a sua carne.
31. Então disse ele: Assim me faça Deus, e outro tanto, se a cabeça de
Eliseu, filho de Safate, lhe ficar hoje sobre os ombros.
32. Estava então Eliseu sentado em sua casa, e também os anciãos
estavam sentados com ele, quando o rei enviou um homem adiante de si; mas, antes
que o mensageiro chegasse a Eliseu, disse este aos anciãos: Vedes como esse
filho de homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai quando vier o mensageiro,
fechai a porta, e empurrai-o para fora com a porta. Porventura não vem após
ele o ruído dos pés do seu senhor?
33. Quando Eliseu ainda estava falando com eles, eis que o mensageiro
desceu a ele; e disse: Eis que este mal vem do Senhor; por que, pois, esperaria
eu mais pelo Senhor ?
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II Reis 7
1. Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor:
Amanhã, por estas horas, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas
medidas de cevada por um siclo, à porta de Samária.
2. porém o capitão em cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem
de Deus e disse: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia isso
suceder? Disse Eliseu: Eis que o verás com os teus olhos, porém não comeras.
3. Ora, quatro homens leprosos estavam à entrada da porta; e disseram
uns aos outros: Para que ficamos nós sentados aqui até morrermos?
4. Se dissermos: Entremos na cidade; há fome na cidade, e morreremos
aí; e se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamo-nos, pois, agora e
passemos para o arraial dos sírios; se eles nos deixarem viver, viveremos; e se
nos matarem, tão somente morreremos.
5. Levantaram-se, pois, ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios;
e, chegando eles à entrada do arraial, eis que não havia ali ninguém.
6. Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios um ruído de
carros e de cavalos, como de um grande exército; de maneira que disseram uns
aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os
reis dos egípcios, para virem sobre nós.
7. Pelo que se levantaram e fugiram, ao crepúsculo; deixaram as suas
tendas, os seus cavalos e os seus jumentos, isto é, o arraial tal como estava,
e fugiram para salvarem as suas vidas.
8. Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa
tenda, comeram e beberam; e tomando dali prata, ouro e vestidos, foram e os
esconderam; depois voltaram, entraram em outra tenda, e dali também tomaram
alguma coisa e a esconderam.
9. Então disseram uns aos outros: Não fazemos bem; este dia é dia de
boas novas, e nós nos calamos. Se esperarmos até a luz da manhã, algum
castigo nos sobrevirá; vamos, pois, agora e o anunciemos à casa do rei.
10. Vieram, pois, bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram,
dizendo: Fomos ao arraial dos sírios e eis que lá não havia ninguém, nem voz
de homem, porém só os cavalos e os jumentos atados, e as tendas como estavam.
11. Assim chamaram os porteiros, e estes o anunciaram dentro da casa do
rei.
12. E o rei se levantou de noite, e disse a seus servos: Eu vos direi o
que é que os sírios nos fizeram. Bem sabem eles que estamos esfaimados; pelo
que saíram do arraial para se esconderem no campo, dizendo: Quando saírem da
cidade, então os tomaremos vivos, e entraremos na cidade.
13. Então um dos seus servos respondeu, dizendo: Tomem-se, pois, cinco
dos cavalos do resto que ficou aqui dentro (eis que eles estão como toda a
multidão dos israelitas que ficaram aqui de resto, e que se vêm extenuando), e
enviemo-los, e vejamos.
14. Tomaram pois dois carros com cavalos; e o rei os enviou com
mensageiros após o exército dos sírios, dizendo-lhe: Ide, e vede.
15. E foram após ele até o Jordão; e eis que todo o caminho estava
cheio de roupas e de objetos que os sírios, na sua precipitação, tinham
lançado fora; e voltaram os mensageiros, e o anunciaram ao rei.
16. Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos sírios. Assim houve uma
medida de farinha por um siclo e duas medidas de cevada por um siclo, conforme a
palavra do Senhor.
17. O rei pusera à porta o capitão em cujo braço ele se apoiava; e o
povo o atropelou na porta, de sorte que morreu, como falara o homem de Deus
quando o rei descera a ter com ele.
18. Porque, quando o homem de Deus falara ao rei, dizendo: Amanhã, por
estas horas, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de
farinha por um siclo, à porta de Samária,
19. aquele capitão respondera ao homem de Deus: Ainda que o Senhor
fizesse janelas no céu poderia isso suceder? e ele dissera: Eis que o verás
com os teus olhos, porém não comerás.
20. E assim foi; pois o povo o atropelou à porta, e ele morreu.
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II Reis 8
1. Ora Eliseu havia falado àquela mulher cujo filho ele ressuscitara,
dizendo: Levanta-te e vai, tu e a tua família, e peregrina onde puderes
peregrinar; porque o Senhor chamou a fome, e ela virá sobre a terra por sete
anos.
2. A mulher, pois, levantou-se e fez conforme a palavra do homem de Deus;
foi com a sua família, e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.
3. Mas ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus, e
saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
4. Ora, o rei falava a Geazi, o moço do homem de Deus, dizendo:
Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.
5. E sucedeu que, contando ele ao rei como Eliseu ressuscitara aquele que
estava morto, eis que a mulher cujo filho ressuscitara veio clamar ao rei pela
sua casa e pelas suas terras. Então disse Geazi: Ó rei meu senhor, esta é a
mulher, e este o seu filho a quem Eliseu ressuscitou.
6. O rei interrogou a mulher, e ela lhe contou o caso. Então o rei lhe
designou um oficial, ao qual disse: Faze restituir-lhe tudo quanto era seu, e
todas as rendas das terras desde o dia em que deixou o país até agora.
7. Depois veio Eliseu a Damasco. E estando Ben-Hadade, rei da Síria,
doente, lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus chegou aqui.
8. Então o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, vai
encontrar-te com o homem de Deus e por meio dele consulta ao Senhor, dizendo:
Sararei eu desta doença?
9. Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele, e levou consigo um presente, a
saber, quarenta camelos carregados de tudo o que havia de bom em Damasco. Ao
chegar, apresentou-se a ele e disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da Síria,
enviou-me a ti para perguntar: sararei eu desta doença?
10. Respondeu-lhe Eliseu: Vai e dize-lhe: Hás de sarar. Contudo o Senhor
me mostrou que ele morrerá.
11. E olhou para Hazael, fitando nele os olhos até que este ficou
confundido; e o homem de Deus chorou.
12. Então disse Hazael: Por que meu senhor está chorando? E ele disse:
Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel: Porás fogo às suas
fortalezas, matarás à espada os seus mancebos, despedaçarás os seus
pequeninos e fenderás as suas mulheres grávidas.
13. Ao que disse Hazael: Que é o teu servo, que não é mais do que um
cão, para fazer tão grande coisa? Respondeu Eliseu: O Senhor mostrou-me que tu
hás de ser rei da Síria.
14. Então apartou-se de Eliseu, e voltou ao seu senhor, o qual lhe
perguntou: Que te disse Eliseu? Respondeu ele: Disse-me que certamente sararás.
15. Ao outro dia Hazael tomou um cobertor, molhou-o na água e o estendeu
sobre o rosto do rei, de modo que este morreu. E Hazael reinou em seu lugar.
16. Ora, no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, Jeorão,
filho de Jeosafá, rei de Judá, começou a reinar.
17. Tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos
em Jerusalém.
18. E andou no caminho dos reis de Israel, como também fizeram os da
casa de Acabe, porque tinha por mulher a filha de Acabe; e fez o que era mau aos
olhos do Senhor.
19. Todavia o Senhor não quis destruir a Judá, por causa de Davi, seu
servo, porquanto lhe havia prometido que lhe daria uma lâmpada, a ele e a seus
filhos, para sempre.
20. Nos seus dias os edomitas se rebelaram contra o domínio de Judá, e
constituíram um rei para si.
21. Pelo que Jeorão passou a Zair, com todos os seus carros; e ele se
levantou de noite, com os chefes dos carros, e feriu os edomitas que o haviam
cercado; mas o povo fugiu para as suas tendas.
22. Assim os edomitas ficaram rebelados contra o domínio de Judá até o
dia de hoje. Também Libna se rebelou nesse mesmo tempo.
23. O restante dos atos de Jeorão, e tudo quanto fez, porventura não
estão escritos no livro das crônicas de Judá?
24. Jeorão dormiu com seus pais, e foi sepultado junto a eles na cidade
de Davi. E Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
25. No ano doze de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, começou a
reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.
26. Acazias tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou um
ano em Jerusalém. O nome de sua mãe era Atalia; era neta de Onri, rei de
Israel.
27. Ele andou no caminho da casa de Acabe, e fez o que era mau aos olhos
do Senhor, como a casa de Acabe, porque era genro de Acabe.
28. Ora, ele foi com Jorão, filho de Acabe, a Ramote-Gileade, a pelejar
contra Hazael, rei da Síria; e os sírios feriram a Jorão.
29. Então voltou o rei Jorão para se curar em Jizreel das feridas que
os sírios lhe fizeram em Ramá, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e
desceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver Jorão, filho de Acabe,
em Jizreel, porquanto estava doente.
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II Reis 9
1. Depois o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas, e lhe
disse: Cinge os teus lombos, toma na mão este vaso de azeite e vai a
Ramote-Gileade;
2. quando lá chegares, procura a Jeú, filho de Jeosafá, filho de
Ninsi; entra, faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o para uma
câmara interior.
3. Toma, então, o vaso de azeite, derrama-o sobre a sua cabeça, e dize:
Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então abre a porta, foge e não
te detenhas.
4. Foi, pois, o jovem profeta, a Ramote-Gileade.
5. E quando chegou, eis que os chefes do exército estavam sentados ali;
e ele disse: Chefe, tenho uma palavra para te dizer. E Jeú perguntou: A qual de
todos nós? Respondeu ele: A ti, chefe!
6. Então Jeú se levantou, e entrou na casa; e o mancebo derramou-lhe o
azeite sobre a cabeça, e lhe disse: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ungi-te
rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel.
7. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue da mão de
Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do
Senhor.
8. Pois toda a casa de Acabe perecerá; e destruirei de Acabe todo filho
varão, tanto o escravo como o livre em Israel.
9. Porque hei de fazer a casa de Acabe como a casa de Jeroboão, filho de
Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías.
10. Os cães comerão a Jezabel no campo de Jizreel; não haverá quem a
enterre. Então o mancebo abriu a porta e fugiu.
11. Saiu então Jeú aos servos de seu senhor; e um lhe perguntou: Vai
tudo bem? Por que veio a ti esse louco? E ele lhes respondeu: Bem conheceis o
homem e o seu falar.
12. Mas eles replicaram. É mentira; dize-no-lo, pedimos-te. Ao que disse
Jeú: Assim e assim ele me falou, dizendo: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre
Israel.
13. Então se apressaram, e cada um tomou a sua capa e a pôs debaixo
dele, no mais alto degrau; e tocaram a buzina, e disseram: Jeú reina!
14. Assim Jeú, filho de Jeosafá, filho de Ninsi, conspirou contra
Jorão. (Ora, tinha Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por
causa de Hazael, rei da Síria;
15. porém o rei Jorão tinha voltado para se curar em Jizreel das
feridas que os sírios lhe fizeram, quando pelejou contra Hazael, rei da
Síria.) E disse Jeú: Se isto é o vosso parecer, ninguém escape nem saia da
cidade para ir dar a nova em Jizreel.
16. Então Jeú subiu a um carro, e foi a Jizreel; porque Jorão estava
acamado ali; e também Acazias, rei de Judá, descera para ver Jorão.
17. O atalaia que estava na torre de Jizreel viu a tropa de Jeú, que
vinha e disse: Vejo uma tropa. Disse Jorão: Toma um cavaleiro, e envia-o ao seu
encontro a perguntar: Há paz?
18. E o cavaleiro lhe foi ao encontro, e disse: Assim diz o rei: Há paz?
Respondeu Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim. E o
atalaia deu aviso, dizendo: Chegou a eles o mensageiro, porém não volta.
19. Então Jorão enviou outro cavaleiro; e, chegando este a eles, disse
Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa
para trás de mim.
20. E o atalaia deu aviso, dizendo: Também este chegou a eles, porém
não volta; e o andar se parece com o andar de Jeú, filho de Ninsi porque anda
furiosamente.
21. Disse Jorão: Aparelha-me o carro! E lho aparelharam. Saiu Jorão,
rei de Israel, com Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro para irem ao
encontro de Jeú, e o encontraram no campo de Nabote, o jizreelita.
22. E sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, perguntou: Há paz, Jeú?
Respondeu ele: Que paz, enquanto as prostituições da tua mãe Jezabel e as
suas feitiçarias são tantas?
23. Então Jorão deu volta, e fugiu, dizendo a Acazias: Há traição,
Acazias!
24. Mas Jeú, entesando o seu arco com toda a força, feriu Jorão entre
as espáduas, e a flecha lhe saiu pelo coração; e ele caiu no seu carro.
25. Disse então Jeú a Bidcar, seu ajudante: Levanta-o, e lança-o no
campo da herança de Nabote, o jizreelita; pois lembra-te de indo eu e tu juntos
a cavalo após seu pai Acabe, o Senhor pôs sobre ele esta sentença, dizendo:
26. Certamente vi ontem o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz
o Senhor; e neste mesmo campo te retribuirei, diz o Senhor. Agora, pois,
levanta-o, e lança-o neste campo, conforme a palavra do Senhor.
27. Quando Acazias, rei de Judá, viu isto, fugiu pelo caminho da casa do
jardim. E Jeú o perseguiu, dizendo: A este também! Matai-o! Então o feriram
no carro, à subida de Gur, que está junto a Ibleão; mas ele fugiu para
Megido, e ali morreu.
28. E seus servos o levaram num carro a Jerusalém, e o sepultaram na sua
sepultura junto a seus pais, na cidade de Davi.
29. Ora, Acazias começara a reinar sobre Judá no ano undécimo de
Jorão, filho de Acabe.
30. Depois Jeú veio a Jizreel; o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta
dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.
31. Quando Jeú entrava pela porta, disse ela: Teve paz Zinri, que matou
a seu senhor ?
32. Ao que ele levantou o rosto para a janela e disse: Quem é comigo?
quem? E dois ou três eunucos olharam para ele.
33. Então disse ele: Lançai-a daí abaixo. E lançaram-na abaixo; e
foram salpicados com o sangue dela a parede e os cavalos; e ele a atropelou.
34. E tendo ele entrado, comeu e bebeu; depois disse: Olhai por aquela
maldita, e sepultai-a, porque é filha de rei.
35. Foram, pois, para a sepultar; porém não acharam dela senão a
caveira, os pés e as palmas das mãos.
36. Então voltaram, e lho disseram. Pelo que ele disse: Esta é a
palavra do Senhor, que ele falou por intermédio de Elias, o tisbita, seu servo,
dizendo: No campo de Jizreel os cães comerão a carne de Jezabel,
37. e o seu cadáver será como esterco sobre o campo, na herdade de
Jizreel; de modo que não se poderá dizer: Esta é Jezabel.
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II Reis 10
1. Ora, Acabe tinha setenta filhos em Samária. E Jeú escreveu cartas, e
as enviou a Samária, aos chefes de Jizreel, aos anciãos, e aos aios dos filhos
de Acabe, dizendo:
2. Logo que vos chegar esta carta, visto que estão convosco os filhos de
vosso senhor, como também carros, e cavalos, e uma cidade fortificada, e armas,
3. escolhei o melhor e mais reto dos filhos de vosso senhor, ponde-o
sobre o trono de seu pai, e pelejai pela casa de vosso senhor.
4. Eles, porém, temeram muitíssimo, e disseram: Eis que dois reis não
lhe puderam resistir; como, pois, poderemos nós resistir-lhe?
5. Então o que tinha cargo da casa, o que tinha cargo da cidade, os
anciãos e os aios mandaram dizer a Jeú: Nós somos teus servos, e tudo quanto
nos ordenares faremos; a homem algum constituiremos rei. Faze o que parecer bem
aos teus olhos.
6. Depois lhes escreveu outra carta, dizendo: Se sois comigo, e se
quereis ouvir a minha voz, tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor,
e amanhã a estas horas vinde ter comigo a Jizreel: Ora, os filhos do rei, que
eram setenta, estavam com os grandes da cidade, que os criavam.:
7. Sucedeu pois, que, chegada a eles a carta, tomaram os setenta filhos
do rei e os mataram; puseram as cabeças deles nuns cestos, e lhas mandaram a
Jizreel.
8. Veio um mensageiro e lhe anunciou, dizendo: Trouxeram as cabeças dos
filhos do rei. E ele disse: Ponde-as em dois montões à entrada da porta, até
pela manhã.
9. Ao sair ele pela manhã, parou, e disse a todo o povo: Vós sois
justos; eis que eu conspirei contra o meu senhor, e o matei; mas quem feriu a
todos estes?
10. Sabei, pois, agora que, da palavra do senhor, que o Senhor falou
contra a casa de Acabe, nada cairá em terra; porque o Senhor tem feito o que
falou por intermédio de seu servo Elias.
11. E Jeú feriu todos os restantes da casa de Acabe em Jizreel, como
também a todos os seus grandes, os seus amigos íntimos, e os seus sacerdotes,
até não lhe deixar ficar nenhum de resto.
12. Então Jeú se levantou e partiu para ir a Samária. E, estando no
caminho, em Bete-Equede dos pastores,
13. encontrou-se com os irmãos de Acazias, rei de Judá, e perguntou:
Quem sois vós? Responderam eles: Somos os irmãos de Acazias; e descemos a
saudar os filhos do rei e os filhos da rainha.
14. Então disse ele: Apanhai-os vivos. E eles os apanharam vivos,
quarenta e dois homens, e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, e a nenhum
deles deixou de resto.
15. E, partindo dali, encontrou-se com Jonadabe, filho de Recabe, que lhe
vinha ao encontro, ao qual saudou e lhe perguntou: O teu coração é sincero
para comigo como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: É. Então, se é,
disse Jeú, dá-me a tua mão. E ele lhe deu a mão; e Jeú fê-lo subir consigo
ao carro,
16. e disse: Vem comigo, e vê o meu zelo para com o Senhor. E fê-lo
sentar consigo no carro.
17. Quando Jeú chegou a Samária, feriu a todos os que restavam de Acabe
em Samária, até os destruir, conforme a palavra que o Senhor dissera a Elias.
18. Depois ajuntou Jeú todo o povo, e disse-lhe: Acabe serviu pouco a
Baal; Jeú, porém, muito o servirá.
19. Pelo que chamai agora à minha presença todos os profetas de Baal,
todos os seus servos e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho
um grande sacrifício a fazer a Baal; aquele que faltar não viverá. Jeú,
porém, fazia isto com astúcia, para destruir os adoradores de Baal.
20. Disse mais Jeú: Consagrai a Baal uma assembléia solene. E eles a
apregoaram.
21. Também Jeú enviou mensageiros por todo o Israel; e vieram todos os
adoradores de Baal, de modo que não ficou deles homem algum que não viesse. E
entraram na casa de Baal, e encheu-se a casa de Baal, de um lado a outro.
22. Então disse ao que tinha a seu cargo as vestimentas: Tira
vestimentas para todos os adoradores de Baal. E eles lhes tirou para fora as
vestimentas.
23. E entrou Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na casa de Baal, e disse
aos adoradores de Baal: Examinai, e vede bem, que porventura não haja entre
vós algum servo do Senhor, mas somente os adoradores de Baal. dom; porém não
puderam.
24. Assim entraram para oferecer sacrifícios e holocaustos. Ora, Jeú
tinha posto de prontidão do lado de fora oitenta homens, e lhes tinha dito:
Aquele que deixar escapar algum dos homens que eu vos entregar nas mãos,
pagará com a própria vida a vida dele.
25. Sucedeu, pois, que, acabando de fazer o holocausto, disse Jeú aos da
sua guarda, e aos oficiais: Entrai e matai-os! não escape nenhum! Então os
feriram ao fio da espada; e os da guarda e os oficiais os lançaram fora e,
entrando no santuário da casa de Baal,
26. tiraram as colunas que nela estavam, e as queimaram.
27. Também quebraram a coluna de Baal, e derrubaram a casa de Baal,
fazendo dela uma latrina, como é até o dia de hoje.
28. Assim Jeú exterminou de Israel a Baal.
29. Todavia Jeú não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de
Nebate, com que fez Israel pecar, a saber, dos bezerros de ouro, que estavam em
Betel e em Dã.
30. Ora, disse o Senhor a Jeú: Porquanto executaste bem o que é reto
aos meus olhos, e fizeste à casa de Acabe conforme tudo quanto eu tinha no meu
coração, teus filhos até a quarta geração se assentarão no trono de
Israel.
31. Mas Jeú não teve o cuidado de andar de todo o seu coração na lei
do Senhor Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, com os quais
este fez Israel pecar.
32. Naqueles dias começou o Senhor a diminuir os termos de Israel.
Hazael feriu a Israel em todas as suas fronteiras,
33. desde o Jordão para o nascente do sol, a toda a terra de Gileade,
aos gaditas, aos rubenitas e aos manassitas, desde Aroer, que está junto ao
ribeiro de Arnom, por toda a Gileade e Basã.
34. Ora, o restante dos atos de Jeú, e tudo quanto fez, e todo o seu
poder, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de
Israel?
35. Jeú dormiu com seus pais, e o sepultaram em Samária. Em seu lugar
reinou seu filho Jeoacaz.
36. Os dias que Jeú reinou sobre Israel em Samária foram vinte e oito
anos.
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II Reis 11
1. Vendo pois Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto,
levantou-se, e destruiu toda a descendência real.
2. Mas Jeoseba, filha do rei Jorão, irmã de Acazias, tomou a Joás,
filho de Acazias, furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam na
recâmara, e o escondeu de Ataliá, a ele e à sua ama, de sorte que não o
mataram.
3. E esteve com ela escondido na casa do Senhor seis anos; e Atalia
reinava sobre o país.
4. No sétimo ano, porém, Jeoiada mandou chamar os centuriões dos
caritas e os oficiais da guarda, e fê-los entrar consigo na casa do Senhor; e
fez com eles um pacto e, ajuramentando-os na casa do Senhor, mostrou-lhes o
filho do rei.
5. Então lhes ordenou, dizendo: Eis aqui o que haveis de fazer: uma
terça parte de vós, os que entrais no sábado, fará a guarda da casa do rei;
6. outra terça parte estará à porta Sur; e a outra terça parte à
porta detrás dos da guarda. Assim fareis a guarda desta casa, afastando a
todos.
7. As duas companhias, a saber, todos os que saem no sábado, farão a
guarda da casa do Senhor junto ao rei;
8. e rodeareis o rei, cada um com as suas armas na mão, e aquele que
entrar dentro das fileiras, seja morto; e estai vós com o rei quando sair e
quando entrar.
9. Fizeram, pois, os centuriões conforme tudo quanto ordenara o
sacerdote Jeoiada; e tomando cada um os seus homens, tanto os que entravam no
sábado como os que saíam no sábado, vieram ter com o sacerdote Jeoiada.
10. O sacerdote entregou aos centuriões as lanças e os escudos que
haviam sido do rei Davi, e que estavam na casa do Senhor.
11. E os da guarda, cada um com as armas na mão, se puseram em volta do
rei, desde o lado direito da casa até o lado esquerdo, ao longo do altar e da
casa.
12. Então Jeoiada lhes apresentou o filho do rei, pôs-lhe a coroa, e
lhe deu o testemunho; e o fizeram rei e o ungiram e, batendo palmas, clamaram:
Viva o rei!
13. Quando Atalia ouviu o vozerio da guarda e do povo, foi ter com o povo
na casa do Senhor;
14. e olhou, e eis que o rei estava junto à coluna, conforme o costume,
e os capitães e os trombeteiros junto ao rei; e todo o povo da terra se
alegrava e tocava trombetas. Então Atalia rasgou os seus vestidos, e clamou:
Traição! Traição!
15. Então Jeoiada, o sacerdote, deu ordem aos centuriões que comandavam
as tropas, dizendo-lhes: Tirai-a para fora por entre as fileiras, e a quem a
seguir matai-o à espada. Pois o sacerdote dissera: Não seja ela morta na casa
do Senhor.
16. E lançaram-lhe as mãos e ela foi pelo caminho da entrada dos
cavalos à casa do rei, e ali a mataram.
17. Ora, Jeoiada firmou um pacto entre o Senhor e o rei e o povo, pelo
qual este seria o povo do Senhor; como também firmou pacto entre o rei e o
povo.
18. Então todo o povo da terra entrou na casa de Baal, e a derrubaram;
como também os seus altares, e as suas imagens, totalmente quebraram; e a
Matã, sacerdote de Baal, mataram diante dos altares. Também o sacerdote pôs
vigias sobre a casa do Senhor.
19. E tomou os centuriões, os caritas, a guarda, e todo o povo da terra;
e conduziram da casa do Senhor o rei, e foram pelo caminho da porta da guarda,
à casa do rei; e ele se assentou no trono dos reis.
20. E todo o povo da terra se alegrou, e a cidade ficou em paz, depois
que mataram Atalia à espada junto à casa do rei.
21. Joás tinha sete anos quando começou a reinar.
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II Reis 12
1. Foi no ano sétimo de Jeú que Joás começou a reinar, e reinou
quarenta anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zíbia, de Berseba.
2. E Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor todos os dias em que o
sacerdote Jeoiada o instruiu.
3. Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e
queimava incenso neles.
4. Disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas consagradas que
se trouxer à casa do Senhor, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o
dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro
que cada um trouxer voluntariamente para a casa do Senhor,
5. recebam-no os sacerdotes, cada um dos seus conhecidos, e reparem os
estragos da casa, todo estrago que se achar nela.
6. Sucedeu porém que, no vigésimo terceiro ano do rei Joás, os
sacerdotes ainda não tinham reparado os estragos da casa.
7. Então o rei Joás chamou o sacerdote Jeoiada e os demais sacerdotes,
e lhes disse: Por que não reparais os estragos da casa? Agora, pois, não
tomeis mais dinheiro de vossos conhecidos, mas entregai-o para o reparo dos
estragos da casa.
8. E consentiram os sacerdotes em não tomarem mais dinheiro do povo, e
em não mais serem os encarregados de reparar os estragos da casa.
9. Mas o sacerdote Jeoiada tomou uma arca , fez um buraco na tampa, e a
pôs ao pé do altar, à mão direita de quem entrava na casa do Senhor. E os
sacerdotes que guardavam a entrada metiam ali todo o dinheiro que se trazia à
casa do Senhor.
10. Sucedeu pois que, vendo eles que já havia muito dinheiro na arca, o
escrivão do rei e o sumo sacerdote vinham, e ensacavam e contavam o dinheiro
que se achava na casa do Senhor.
11. E entregavam o dinheiro, depois de pesado, nas mãos dos que faziam a
obra e que tinham a seu cargo a casa do Senhor; e eles o distribuíam aos
carpinteiros, e aos edificadores que reparavam a casa do Senhor;
12. como também aos pedreiros e aos cabouqueiros; e para se comprar
madeira e pedras de cantaria a fim de repararem os estragos da casa do Senhor, e
para tudo quanto exigia despesa para se reparar a casa.
13. Todavia, do dinheiro que se trazia à casa do Senhor, não se faziam
nem taças de prata, nem espevitadeiras, nem bacias, nem trombetas, nem vaso
algum de ouro ou de prata para a casa do Senhor;
14. porque o davam aos que faziam a obra, os quais reparavam com ele a
casa do Senhor.
15. E não se tomavam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele
dinheiro para o dar aos que faziam a obra, porque eles se haviam com fidelidade.
16. Mas o dinheiro das ofertas pela culpa, e o dinheiro das ofertas pelo
pecado, não se trazia à casa do Senhor; era para os sacerdotes.
17. Então subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate, e a tomou.
Depois Hazael virou o rosto para marchar contra Jerusalém.
18. Pelo que Joás, rei de Judá, tomou todas as coisas consagradas que
Jeosafá, Jeorão e Acazias, seus pais, reis de Judá, tinham consagrado, e tudo
o que ele mesmo tinha oferecido, como também todo o ouro que se achou nos
tesouros da casa do Senhor e na casa do rei, e o mandou a Hazael, rei da Síria,
o qual se desviou de Jerusalém.
19. Ora, o restante dos atos de Joás, e tudo quanto fez, porventura não
estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
20. Levantaram-se os servos de Joás e, conspirando contra ele, o feriram
na casa de Milo, junto ao caminho que desce para Sila.
21. Foram Jozacar, filho de Simeate, e Jeozabade, filho de Somer, seus
servos que o feriram, e ele morreu. Sepultaram-no com seus pais na cidade de
Davi. E Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.
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II Reis 13
1. No vigésimo terceiro ano de Joás, filho de Acazias, rei de Judá,
começou a reinar Jeoacaz, filho de Jeú, sobre Israel, em Samária, e reinou
dezessete anos.
2. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, porque seguiu os pecados de
Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar; não se
apartou deles.
3. Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel; e o entregou
continuadamente na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho
de Hazael.
4. Jeoacaz, porém, suplicou diante da face do Senhor; e o senhor o
ouviu, porque viu a opressão com que o rei da Síria oprimia a Israel,
5. (pelo que o Senhor deu um libertador a Israel, de modo que saiu de sob
a mão dos sírios; e os filhos de Israel habitaram nas suas tendas, como
dantes.
6. Contudo não se apartaram dos pecados da casa de Jeroboão, com os
quais ele fizera Israel pecar, porém andaram neles; e também a Asera ficou em
pé em Samária.)
7. porque, de todo o povo, não deixara a Jeoacaz mais que cinqüenta
cavaleiros, dez carros e dez mil homens de infantaria; porquanto o rei da Síria
os tinha destruído e os tinha feito como o pó da eira.
8. Ora, o restante dos atos de Jeoacaz, e tudo quanto fez, e o seu poder,
porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?
9. E Jeoacaz dormiu com seus pais; e o sepultaram em Samária. E Jeoás,
seu filho, reinou em seu lugar.
10. No ano trinta e sete de Joás, rei de Judá, começou a reinar
Jeoás, filho de Jeoacaz, sobre Israel, em Samária, e reinou dezesseis anos.
11. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum
dos pecados de Jeroboão filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar,
porém andou neles.
12. Ora, o restante dos atos de Jeoás, e tudo quanto fez, e o seu poder,
com que pelejou contra Amazias, rei de Judá, porventura não estão escritos no
livro das crônicas dos reis de Israel?
13. Jeoás dormiu com seus pais, e Jeroboão se assentou no seu trono.
Jeoás foi sepultado em Samária, junto aos reis de Israel.
14. Estando Eliseu doente da enfermidade de que morreu, Jeoás, rei de
Israel, desceu a ele e, chorando sobre ele exclamou: Meu pai, meu pai! carro de
Israel, e seus cavaleiros!
15. E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E ele tomou um arco e
flechas.
16. Então Eliseu disse ao rei de Israel: Põe a mão sobre o arco. E ele
o fez. Eliseu pôs as suas mãos sobre as do rei,
17. e disse: Abre a janela para o oriente. E ele a abriu. Então disse
Eliseu: Atira. E ele atirou. Prosseguiu Eliseu: A flecha do livramento do Senhor
é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás os sírios em
Afeque até os consumir.
18. Disse mais: Toma as flechas. E ele as tomou. Então disse ao rei de
Israel: Fere a terra. E ele a feriu três vezes, e cessou.
19. Ao que o homem de Deus se indignou muito contra ele, e disse: Cinco
ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os sírios até os
consumir; porém agora só três vezes ferirás os sírios.
20. Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas
invadiam a terra à entrada do ano.
21. E sucedeu que, estando alguns a enterrarem um homem, viram uma dessas
tropas, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Logo que ele tocou os ossos
de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.
22. Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
23. O Senhor, porém, teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e
se tornou para eles, por amor do seu pacto com Abraão, Isaque e Jacó; e não
os quis destruir nem lançá-los da sua presença
24. Ao morrer Hazael, rei da Síria, Ben-Hadade, seu filho, reinou em seu
lugar.
25. E Jeoás, filho de Jeoacaz, retomou das mãos de Ben-Hadade, filho de
Hazael, as cidades que este havia tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na
guerra; três vezes Jeoás o feriu, e recuperou as cidades de Israel.
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II Reis 14
1. No segundo ano de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, começou a
reinar Amazias, filho de Joás, rei de Judá.
2. Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou vinte e
nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jeoadim, de Jerusalém.
3. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, ainda que não como seu pai
Davi; fez, porém, conforme tudo o que fizera Joás, seu pai.
4. Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e
queimava incenso neles.
5. Sucedeu que, logo que o reino foi confirmado na sua mão matou aqueles
seus servos que haviam matado o rei, seu pai;
6. porém os filhos dos assassinos não matou, segundo o que está
escrito no livro da lei de Moisés, conforme o Senhor deu ordem, dizendo: Não
serão mortos os pais por causa dos filhos, nem os filhos por causa dos pais;
mas cada um será morto pelo seu próprio pecado.
7. Também matou dez mil edomitas no Vale do Sal, e tomou em batalha a
sela; e chamou o seu nome Jocteel, nome que conserva até hoje.
8. Então Amazias enviou mensageiros a Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de
Jeú, rei de Israel, dizendo: Vem, vejamo-nos face a face.
9. Mandou, porém, Jeoás, rei de Israel, dizer a Amazias, rei de Judá:
O cardo que estava no Líbano mandou dizer ao cedro que estava no Líbano: Dá
tua filha por mulher a meu filho. Mas uma fera que estava no Líbano passou e
pisou o cardo.
10. Na verdade feriste Edom, e o teu coração se ensoberbeceu; gloria-te
disso, e fica em tua casa; pois, por que te entremeterias no mal, para caíres
tu, e Judá contigo?
11. Amazias, porém, não o quis ouvir. De modo que Jeoás, rei de
Israel, subiu; e ele e Amazias, rei de Judá, viram-se face a face, em
Bete-Semes, que está em Judá.
12. Então Judá foi derrotado diante de Israel, e fugiu cada um para a
sua tenda.
13. E Jeoás, rei de Israel, aprisionou Amazias, rei de Judá, filho de
Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes e, vindo a Jerusalém, rompeu o seu muro
desde a porta de Efraim até a porta da esquina, quatrocentos côvados.
14. E tomou todo o ouro e a prata e todos os vasos que se achavam na casa
do Senhor e nos tesouros da casa do rei, como também reféns, e voltou para
Samária.
l5 Ora, o restante dos atos de Jeoás, o que fez, e o seu poder, e como pelejou
contra Amazias, rei de Judá, porventura não estão escritos no livro das
crônicas dos reis de Israel?
16. E dormiu Jeoás com seus pais, e foi sepultado em Samária, junto aos
reis de Israel. Jeroboão, seu filho, reinou em seu lugar.
17. Amazias, filho de Joás, rei de Judá, viveu quinze anos depois da
morte de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel.
18. Ora, o restante dos atos de Amazias, porventura não está escrito no
livro das crônicas dos reis de Judá?
19. Conspiraram contra ele em Jerusalém, e ele fugiu para Laquis; porém
enviaram após ele até Laquis, e ali o mataram.
20. Então o trouxeram sobre cavalos; e ele foi sepultado em Jerusalém,
junto a seus pais, na cidade de Davi.
21. E todo o povo de Judá tomou a Azarias, que tinha dezesseis anos, e
fê-lo rei em lugar de Amazias, seu pai.
22. Ele edificou a Elate, e a restituiu a Judá, depois que o rei dormiu
com seus pais.
23. No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá,
começou a reinar em Samária, Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e
reinou quarenta e um anos.
24. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum
dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.
25. Foi ele que restabeleceu os termos de Israel, desde a entrada de
Hamate até o mar da Arabá, conforme a palavra que o Senhor, Deus de Israel,
falara por intermédio de seu servo Jonas filho do profeta Amitai, de
Gate-Hefer.
26. Porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muito amarga, e que
não restava nem escravo, nem livre, nem quem socorresse a Israel.
27. E ainda não falara o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do
céu; porém o livrou por meio de Jeroboão, filho de Jeoás.
28. Ora, o restante dos atos de Jeroboão, e tudo quanto fez o seu poder,
como pelejou e como reconquistou para Israel Damasco e Hamate, que tinham sido
de Judá, porventura não estão escritos no livro das crônicas de Israel?
29. E Jeroboão dormiu com seus pais, os reis de Israel. E Zacarias, seu
filho, reinou em seu lugar.
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II Reis 15
1. No ano vinte e sete de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar
Azarias, filho de Amazias, rei de Judá.
2. Tinha dezesseis anos quando começou a reinar, e reinou cinqüenta e
dois anos, em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jecolia, de Jerusalém.
3. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Amazias, seu pai.
4. Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e
queimava incenso neles.
5. E o Senhor feriu o rei, de modo que ficou leproso até o dia da sua
morte; e habitou numa casa separada; e Jotão, filho do rei, tinha o cargo da
casa, julgando o povo da terra.
6. Ora, o restante dos atos de Azarias, e tudo quanto fez, porventura
não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
7. E Azarias dormiu com seus pais, e com eles o sepultaram na cidade de
Davi: E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.
8. No ano trinta e oito de Azarias, rei de Judá, reinou Zacarias, filho
de Jeroboão, sobre Israel, em Samária, seis meses.
9. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como tinham feito seus pais;
nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele
fizera Israel pecar.
10. Salum, filho de Jabes, conspirou contra ele; feriu-o diante do povo,
matou-o e reinou em seu lugar.
11. Ora o restante dos atos de Zacarias está escrito no livro das
crônicas dos reis de Israel.
12. Esta foi a palavra do Senhor, que ele falara a Jeú, dizendo: Teus
filhos, até a quarta geração, se assentarão sobre o trono de Israel. E assim
foi.
13. Salum, filho de Jabes, começou a reinar no ano trinta e nove de
Uzias, rei de Judá, e reinou um mês em Samária.
14. E Menaém, filho de Gadi, subindo de Tirza, veio a Samária; feriu a
Salum, filho de Jabes, em Samária, matou-o e reinou em seu lugar.
15. Ora, o restante dos atos de Salum, e a conspiração que fez, estão
escritos no livro das crônicas dos reis de Israel.
16. Então Menaém feriu a Tifsa, e a todos os que nela havia, como
também a seus termos desde Tirza; porque não lha tinham aberto, por isso a
feriu; e fendeu a todas as mulheres grávidas que nela estavam.
17. No ano trinta e nove de Azarias, rei de Judá, Menaém, filho de
Gadi, começou a reinar sobre Israel, e reinou dez anos em Samária.
18. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; em todos os seus dias nunca
se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera
Israel pecar.
19. Então veio Pul, rei da Assíria, contra a terra; e Menaém deu a Pul
mil talentos de prata, para que este o ajudasse a firmar o reino na sua mão.
20. Menaém exigiu este dinheiro de todos os poderosos e ricos em Israel,
para o dar ao rei da Assíria, de cada homem cinqüenta siclos de prata; assim
voltou o rei da Assíria, e não se demorou ali na terra.
21. Ora, o restante dos atos de Menaém, e tudo quanto fez, porventura
não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?
22. Menaém dormiu com seus pais. E Pecaías, seu filho, reinou em seu
lugar.
23. No ano cinqüenta de Azarias, rei de Judá, Pecaías, filho de
Menaém, começou a reinar sobre Israel em Samária, e reinou dois anos.
24. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados
de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.
25. E Peca, chefe das suas tropas, filho de Remalias, conspirou contra
ele, e o feriu em Samária, no castelo da casa do rei, juntamente com Argobe e
com Arié; e com Peca estavam cinqüenta homens dos filhos dos gileaditas; e o
matou, e reinou em seu lugar.
26. Ora, o restante dos atos de Pecaías, e tudo quanto fez, estão
escritos no livro das crônicas dos reis de Israel.
27. No ano cinqüenta e dois de Azarias, rei de Judá, Peca, filho de
Remalias, começou a reinar sobre Israel, em Samária, e reinou vinte anos.
28. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados
de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.
29. Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser rei da Assíria
e tomou Ijom, Abel-Bete-Maacá, Janoa, Quedes, Hazor, Gileade e Galiléia, toda
a terra de Naftali; e levou cativos os habitantes para a Assiria.
30. E Oséias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, o
feriu e matou, e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de
Uzias.
31. Ora, o restante dos atos de Peca, e tudo quanto fez, estão escritos
no livro das crônicas dos reis de Israel.
32. No segundo ano de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a
reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá.
33. Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou dezesseis
anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jenisa, filha de Zadoque.
34. E fez o que era reto aos olhos do Senhor; fez conforme tudo quanto
fizera seu pai Uzias.
35. Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e
queimava incenso neles. Pois ele que edificou a porta alta da casa do Senhor.
36. Ora, o restante dos atos de Jotão, e tudo quanto fez, porventura
não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
37. Naqueles dias começou o Senhor a enviar contra Judá Rezim, rei da
Síria, e Peca, filho de Remalias.
38. E Jotão dormiu com seus pais, e com eles foi, sepultado na cidade de
Davi, seu pai. E Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.
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II Reis 16
1. No ano dezessete de Peca, filho de Remalia começou a reinar Acaz,
filho de Jotão, rei de Judá.
2. Tinha Acaz vinte anos quando começou a reinar, e reinou dezesseis
anos em Jerusalém; e não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como
tinha feito Davi, seu pai,
3. mas andou no caminho dos reis de Israel, e até fez passar pelo fogo o
seu filho, segundo as abominações dos gentios que o Senhor lançara fora de
diante dos filhos de Israel.
4. Também oferecia sacrifícios e queimava incenso nos altos e nos
outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa.
5. Então subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de
Israel, contra Jerusalém, para lhe fazer guerra; e cercaram a Acaz, porém não
puderam vencê-lo.
6. Nesse mesmo tempo Rezim, rei da Síria, restituiu Elate a Síria,
lançando fora dela os judeus; e os sírios vieram a Elate, e ficaram habitando
ali até o dia de hoje.
7. Então Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria,
dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da
Síria, e das mãos do rei de Israel, os quais se levantaram contra mim.
8. E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor e nos
tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria.
9. E o rei da Assíria lhe deu ouvidos e, subindo contra Damasco,
tomou-a, levou cativo o povo para Quir, e matou Rezim.
10. Então o rei Acaz foi a Damasco para se encontrar com
Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo o altar que estava em Damasco, enviou
ao sacerdote Urias a figura do altar, e o modelo exato de toda a sua obra.
11. E Urias, o sacerdote, edificou o altar; conforme tudo o que o rei
Acaz lhe tinha enviado de Damasco, assim o fez o sacerdote Urias, antes que o
rei Acaz viesse de Damasco.
12. Tendo o rei vindo de Damasco, viu o altar; e, acercando-se do altar,
ofereceu sacrifício sobre ele;
13. queimou o seu holocausto e a sua oferta de cereais, derramou a sua
libação, e espargiu o sangue dos seus sacrifícios pacíficos sobre o altar.
14. E o altar de bronze, que estava perante o Senhor, ele o tirou da
parte fronteira da casa, de entre o seu altar e a casa do Senhor, e o colocou ao
lado setentrional do seu altar.
15. E o rei Acaz ordenou a Urias, o sacerdote, dizendo: No grande altar
queima o holocausto da manhã, como também a oferta de cereais da noite, o
holocausto do rei e a sua oferta de cereais, o holocausto de todo o povo da
terra, a sua oferta de cereais e as suas libações; e todo o sangue dos
holocaustos, e todo o sangue dos sacrifícios espargirás nele; porém o altar
de bronze ficará ao meu dispor para nele inquirir.
16. Assim fez Urias, o sacerdote, conforme tudo quanto o rei Acaz lhe
ordenara.
17. Também o rei Acaz cortou as almofadas das bases, e de cima delas
removeu a pia; tirou o mar de sobre os bois de bronze, que estavam debaixo dele,
e o colocou sobre um pavimento de pedra.
18. Também o passadiço coberto para uso no sábado, que tinham
construído na casa, e a entrada real externa, retirou da casa do Senhor, por
causa do rei da Assíria.
19. Ora, o restante dos atos de Acaz, e o que fez porventura não estão
escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
20. E dormiu Acaz com seus pais, e com eles foi sepultado na cidade de
Davi. E Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar.
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II Reis 17
1. No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias,
filho de Elá, e reinou sobre Israel, em Samária nove anos.
2. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, contudo não como os reis de
Israel que foram antes dele.
3. Contra ele subiu Salmanasar, rei da Assiria; e Oséias ficou sendo
servo dele e lhe pagava tributos.
4. O rei da Assíria , porém, achou em Oséias conspiração; porque ele
enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava, como dantes, os tributos
anuais ao rei da Assíria; então este o encerrou e o pôs em grilhões numa
prisão.
5. E o rei da Assíria subiu por toda a terra, e chegando a Samária
sitiou-a por três anos.
6. No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou Samária, e levou
Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala, e junto a Habor, o rio
de Gozã, e nas cidades dos medos.
7. Assim sucedeu, porque os filhos de Israel tinham pecado contra o
Senhor seu Deus que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mãe de
Faraó, rei do Egito, e porque haviam temido a outros deuses,
8. e andado segundo os costumes das nações que o Senhor lançara fora
de diante dos filhos de Israel, e segundo os que os reis de Israel introduziram.
9. Também os filhos de Israel fizeram secretamente contra o Senhor seu
Deus coisas que não eram retas. Edificaram para si altos em todas as suas
cidades, desde a torre das atalaias até a cidade fortificada;
10. Levantaram para si colunas e aserins em todos os altos outeiros, e
debaixo de todas as árvores frondosas;
11. queimaram incenso em todos os altos, como as nações que o Senhor
expulsara de diante deles; cometeram ações iníquas, provocando à ira o
Senhor,
12. e serviram os ídolos, dos quais o Senhor lhes dissera: Não fareis
isso.
13. Todavia o Senhor advertiu a Israel e a Judá pelo ministério de
todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai de vossos maus
caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei
que ordenei a vossos pais e que vos enviei pelo ministério de meus servos, os
profetas.
l4 Eles porém, não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, como fizeram
seus pais, que não creram no Senhor seu Deus;
15. rejeitaram os seus estatutos, e o seu pacto, que fizera com os pais
deles, como também as advertências que lhes fizera; seguiram a vaidade e
tornaram-se vãos, como também seguiram as nações que estavam ao redor deles,
a respeito das quais o Senhor lhes tinha ordenado que não as imitassem.
16. E, deixando todos os mandamentos do Senhor seu Deus, fizeram para si
dois bezerros de fundição, e ainda uma Asera; adoraram todo o exército do
céu, e serviram a Baal.
17. Fizeram passar pelo fogo seus filhos, suas filhas, e deram-se a
adivinhações e encantamentos; e venderam-se para fazer o que era mau aos olhos
do Senhor, provocando-o à ira.
18. Pelo que o Senhor muito se indignou contra Israel, e os tirou de
diante da sua face; não ficou senão somente a tribo de Judá.
19. Nem mesmo Judá havia guardado os mandamentos do Senhor seu Deus;
antes andou nos costumes que Israel introduzira.
20. Pelo que o Senhor rejeitou toda a linhagem de Israel, e os oprimiu,
entregando-os nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença.
21. Pois rasgara Israel da casa de Davi; e eles fizeram rei a Jeroboão,
filho de Nebate, o qual apartou Israel de seguir o Senhor, e os fez cometer um
grande pecado.
22. Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão
tinha cometido; nunca se apartaram deles;
23. até que o Senhor tirou Israel da sua presença, como falara por
intermédio de todos os seus servos os profetas. Assim foi Israel transportado
da sua terra para a Assíria, onde está até o dia de hoje.
24. Depois o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava,
de Hamate e de Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samária em lugar dos
filhos de Israel; e eles tomaram Samária em herança, e habitaram nas suas
cidades.
25. E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao
Senhor; e o Senhor mandou entre eles leões, que mataram alguns deles.
26. Pelo que foi dito ao rei da Assíria: A gente que transportaste, e
fizeste habitar nas cidades de Samária, não conhece a lei do deus da terra;
por isso ele tem enviado entre ela leões que a matam, porquanto não conhece a
lei do deus da terra.
27. Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes
que transportastes de lá para que vá e habite ali, e lhes ensine a lei do deus
da terra.
28. Veio, pois, um dos sacerdotes que eles tinham transportado de
Samária, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor.
29. Todavia as nações faziam cada uma o seu próprio deus, e os punham
nas casas dos altos que os samaritanos tinham feito, cada nação nas cidades
que habitava.
30. Os de Babilônia fizeram e Sucote-Benote; os de Cuta fizeram Nergal;
os de Hamate fizeram Asima;
31. os aveus fizeram Nibaz e Tartaque: e os sefarvitas queimavam seus
filhos no fogo e a adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.
32. Temiam também ao Senhor, e dentre o povo fizeram para si sacerdotes
dos lugares altos, os quais exerciam o ministério nas casas dos lugares altos.
33. Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus próprios deuses,
segundo o costume das nações do meio das quais tinham sido transportados.
34. Até o dia de hoje fazem segundo os antigos costumes: não temem ao
Senhor; nem fazem segundo os seus estatutos, nem segundo as suas ordenanças;
nem tampouco segundo a lei, nem segundo o mandamento que o Senhor ordenou aos
filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel,
35. com os quais o Senhor tinha feito um pacto, e lhes ordenara, dizendo:
Não temereis outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis,
nem lhes oferecereis sacrifícios;
36. mas sim ao Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande
poder e com braço estendido, a ele temereis, a ele vos inclinareis, e a ele
oferecereis sacrifícios.
37. Quanto aos estatutos, às ordenanças, à lei, e ao mandamento, que
para vós escreveu, a esses tereis cuidado de observar todos os dias; e não
temereis outros deuses;
38. e do pacto que fiz convosco não vos esquecereis. Não temereis
outros deuses,
39. mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de
todos os vossos inimigos.
40. Contudo eles não ouviram; antes fizeram segundo o seu antigo
costume.
41. Assim estas nações temiam ao Senhor, mas serviam também as suas
imagens esculpidas; também seus filhos, e os filhos de seus filhos fazem até o
dia de hoje como fizeram seus pais.
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II Reis 18
1. Ora, sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de
Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
2. Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou vinte e
nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Abi, filha de Zacarias.
3. Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Davi, seu pai.
4. Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e
despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia
os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã.
5. Confiou no Senhor Deus de Israel, de modo que depois dele não houve
seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.
6. Porque se apegou ao Senhor; não se apartou de o seguir, e guardou os
mandamentos que o Senhor ordenara a Moisés.
7. Assim o Senhor era com ele; para onde quer que saísse prosperava.
Rebelou-se contra o rei da Assíria, e recusou servi-lo.
8. Feriu os filisteus até Gaza e os seus termos, desde a torre dos
atalaias até a cidade fortificada.
9. No quarto ano do rei Ezequias que era o sétimo ano de Oséias, filho
de Elá, rei de Israel, Salmanasar, rei da Assíria, subiu contra Samária, e a
cercou
10. e, ao fim de três anos, tomou-a. No ano sexto de Ezequias, que era o
ano nono de Oséias, rei de Israel, Samária foi tomada.
11. Depois o rei da Assíria levou Israel cativo para a Assíria, e os
colocou em Hala, e junto ao Habor, rio de Gozã, e nas cidades dos medos;
12. porquanto não obedeceram à voz do senhor seu Deus, mas violaram o
seu pacto, nada ouvindo nem fazendo de tudo quanto Moisés, servo do Senhor,
tinha ordenado.
13. No ano décimo quarto do rei Ezequias, subiu Senaqueribe, rei da
Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá, e as tomou.
14. Pelo que Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da Assíria, a Laquis,
dizendo: Pequei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres suportarei. Então o
rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talentos de prata e
trinta talentos de ouro.
15. Assim deu Ezequias toda a prata que se achou na casa do Senhor e nos
tesouros da casa do rei.
16. Foi nesse tempo que Ezequias, rei de Judá, cortou das portas do
templo do Senhor, e dos umbrais, o ouro de que ele mesmo os cobrira, e o deu ao
rei da Assíria.
17. Contudo este enviou de Laquis Tartã, Rabe-Sáris e Rabsaqué, com um
grande exército, ao rei Ezequias, a Jerusalém; e subiram, e vieram a
Jerusalém. E, tendo chegado, pararam ao pé do aqueduto da piscina superior,
que está junto ao caminho do campo do lavandeiro.
18. Havendo eles chamado o rei, saíram-lhes ao encontro Eliaquim, filho
de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o
cronista.
19. E Rabsaqué lhes disse: Dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o
rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas?
20. Dizes (são, porém, palavras vãs): Há conselho e poder para a
guerra. Em quem, pois, agora confias, que contra mim te revoltas?
21. Estás confiando nesse bordão de cana quebrada, que é o Egito; o
qual, se alguém nele se apoiar, entrar-lhe-á pela mão e a traspassará; assim
é Faraó, rei do Egito para com todos os que nele confiam.
22. Se, porém, me disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura
não é esse aquele cujos altos e altares Ezequias tirou dizendo a Judá e a
Jerusalém: Perante, este altar adorareis em Jerusalém?
23. Ora pois faze uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria:
dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.
24. Como, então, poderias repelir um só príncipe dos menores servos de
meu senhor, quando estás confiando no Egito para obteres carros e cavaleiros?
25. Porventura teria eu subido sem o Senhor contra este lugar para o
destruir? Foi o Senhor que me disse: sobe contra esta terra e a destrói.
26. Então disseram Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna, e Joá, a
Rabsaqué: Rogamos-te que fales aos teus servos em aramaico, porque bem o
entendemos; e não nos fales na língua judaica, aos ouvidos do povo que está
em cima do muro.
27. Rabsaqué, porém, lhes disse: Porventura mandou-me meu senhor para
falar estas palavras a teu senhor e a ti, e não aos homens que estão sentados
em cima do muro que juntamente convosco hão de comer o seu excremento e beber a
sua urina ?
28. Então pondo-se em pé, Rabsaqué clamou em alta voz, na língua
judaica, dizendo: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.
29. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá
livrar da minha mão;
30. nem tampouco vos faça Ezequias confiar no Senhor, dizendo:
Certamente nos livrará o Senhor, e esta cidade não será entregue na mão do
rei da Assíria.
31. Não deis ouvidos a Ezequias; pois assim diz o rei da Assíria: Fazei
paz comigo, e saí a mim; e coma cada um da sua vide e da sua figueira, e beba
cada um a água da sua cisterna;
32. até que eu venha, e vos leve para uma terra semelhante à vossa,
terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de azeite de
oliveiras e de mel; para que vivais e não morrais. Não deis ouvidos a
Ezequias, quando vos envenena, dizendo: O Senhor nos livrará.
33. Porventura os deuses das nações puderam livrar, cada um a sua
terra, das mãos do rei da Assíria?
36. Que é feito dos deuses de Hamate e de Arpade? Que é feito dos
deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? porventura livraram Samária da minha
mão?
35. Dentre todos os deuses das terras, quais são os que livraram a sua
terra da minha mão, para que o Senhor livre Jerusalém da minha mão?
36. O povo, porém, ficou calado, e não lhe respondeu uma só palavra,
porque o rei ordenara, dizendo: Não lhe respondais.
37. Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão,
e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias com as vestes rasgadas, e
lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
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II Reis 19
1. Quando o rei Ezequias ouviu isto rasgou as suas vestes, cobriu-se de
saco, e entrou na casa do Senhor.
2. Então enviou Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos
dos sacerdotes, cobertos de sacos, ao profeta Isaías, filho de Amoz.
3. Eles lhe disseram: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia,
de vituperação e de blasfêmia; porque os filhos chegaram ao parto, e não há
força para os dar à luz.
4. Bem pode ser que o Senhor teu Deus tenha ouvido todas as palavras de
Rabsaque, a quem o seu senhor, o rei da Assiria, enviou para afrontar o Deus
vivo, e repreenda as palavras que o senhor teu Deus ouviu. Faze, pois, oração
pelo resto que ainda fica.
5. Foram, pois, os servos do rei Ezequias ter com Isaias.
6. E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o Senhor:
Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me
blasfemaram.
7. Eis que meterei nele um espírito, e ele ouvirá uma nova, e voltará
para a sua terra; e à espada o farei cair na sua terra.
8. Voltou, pois, Rabsaqué e achou o rei da Assíria pelejando contra
Libna, porque soubera que o rei havia partido de Laquis.
9. E o rei, ouvindo dizer acerca de Tiraca, rei da Etiópia: Eis que saiu
para te fazer guerra, tornou a enviar mensageiros a Ezequias, dizendo:
10. Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus,
em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da
Assíria.
11. Eis que já tens ouvido o que os reis da Assíria fizeram a todas as
terras, destruindo-as totalmente; e tu serias poupado?
12. Porventura os deuses das nações a quem meus pais destruíram,
puderam livrá-las, a saber, Gozã, Harã, Rezefe, e os filhos de Eden que
estavam em Telassar?
13. Que é feito do rei de Hamate, do rei de Arpade, do rei da cidade de
Sefarvaim, de Hena e de Iva?
14. Ezequias, pois, tendo recebido a carta das mãos dos mensageiros, e
tendo-a lido, subiu à casa do Senhor, e a estendeu perante o Senhor.
15. E Ezequias orou perante o Senhor, dizendo: Ó Senhor Deus de Israel,
que estás assentado sobre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os
reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra.
16. Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, ó Senhor, os teus
olhos, e vê; e ouve as palavras de Senaqueribe, com as quais enviou seu
mensageiro para afrontar o Deus vivo.
17. Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria têm assolado as
nações e as suas terras,
18. e lançado os seus deuses no fogo porquanto não eram deuses mas obra
de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.
19. Agora, pois, Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão, para que todos
os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus.
20. Então Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o
Senhor Deus de Israel: Ouvi o que me pediste no tocante a Senaqueribe, rei da
Assíria.
21. Esta é a palavra que o Senhor falou a respeito dele: A virgem, a
filha de Sião, te despreza e te escarnece; a filha de Jerusalém meneia a
cabeça por detrás de ti.
22. A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz, e
ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!
23. Por meio de teus mensageiros afrontaste o Senhor, e disseste: Com a
multidão de meus carros subi ao alto dos montes, aos lados do Líbano; cortei
os seus altos cedros, e as suas mais formosas faias, e entrei na sua mais
distante pousada, no bosque do seu campo fértil.
24. Eu cavei, e bebi águas estrangeiras; e com as plantas de meus pés
sequei todos os rios do Egito.
25. Porventura não ouviste que já há muito tempo determinei isto, e
já desde os dias antigos o planejei? Agora, porém, o executei, para que fosses
tu que reduzisses as cidades fortificadas a montões desertos.
26. Por isso os moradores delas tiveram pouca força, ficaram pasmados e
confundidos; tornaram-se como a erva do campo, como a relva verde, e como o feno
dos telhados, que se queimam antes de amadurecer.
27. Eu, porém, conheço o teu assentar, o teu sair e o teu entrar, bem
como o teu furor contra mim.
28. Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu
aos meus ouvidos, porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca, e te
farei voltar pelo caminho por onde vieste.
29. E isto te será por sinal: Este ano comereis o que nascer por si
mesmo, e no ano seguinte que daí proceder; e no terceiro ano semeai e comei, e
plantai vinhas, e comei os seus frutos.
30. Pois o que escapou da casa de Judá, e ficou de resto, tornará a
lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima.
31. Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião os que
escaparem; o zelo do Senhor fará isto.
32. Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará
nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com
escudo, nem contra ela levantará tranqueira.
33. Pelo caminho por onde veio, por esse mesmo voltará, e nesta cidade
não entrará, diz o Senhor.
34. Porque eu defenderei esta cidade para livrá-la, por amor de mim e
por amor do meu servo Davi.
35. Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu
no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles: e, levantando-se
os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles eram todos cadáveres.
36. Então Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou e, voltando, habitou
em Nínive.
37. E quando ele estava adorando na casa de Nisroque, seu deus,
Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o mataram à espada e fugiram para a terra
de Arará. E Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.
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II Reis 20
1. Por aquele tempo Ezequias ficou doente, à morte. O profeta Isaías,
filho de Amoz, veio ter com ele, e lhe disse: Assim diz, o Senhor: Põe em ordem
a tua casa porque morrerás, e não viverás.
2. Então o rei virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor, dizendo:
3. Lembra-te agora, ó Senhor, te peço, de como tenho andado diante de
ti com fidelidade e integridade de coração, e tenho feito o que era reto aos
teus olhos. E Ezequias chorou muitíssimo.
4. E sucedeu que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio,
veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
5. Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor
Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas. Eis que eu te
sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor.
6. Acrescentarei aos teus dias quinze anos; e das mãos do rei da
Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de
mim, e por amor do meu servo Davi.
7. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos e ponde-a sobre a
úlcera; e ele sarará.
8. Perguntou, pois, Ezequias a Isaías: Qual é o sinal de que o Senhor
me sarará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor?
9. Respondeu Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o
Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou
voltará dez graus atrás?
10. Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não
seja assim, antes volte a sombra dez graus atrás.
11. Então o profeta Isaías clamou ao Senhor, que fez voltar a sombra
dez graus atrás, pelos graus que já tinha declinado no relógio de sol de
Acaz.
12. Naquele tempo Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei de Babilônia,
enviou cartas e um presente a Ezequias, porque ouvira que Ezequias tinha estado
doente.
13. E Ezequias deu audiência aos mensageiros, e lhes mostrou toda a casa
de seu tesouro, a prata e o ouro, as especiarias e os melhores ungüentos, a sua
casa de armas e tudo quanto havia nos seus tesouros; coisa nenhuma houve que
lhes não mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio.
14. Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe perguntou: Que
disseram aqueles homens, e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: Vieram de um
país mui remoto, de Babilônia.
15. E disse ele: Que viram em tua casa? E disse Ezequias: Viram tudo
quanto há em minha casa; não há coisa nenhuma nos meus tesouros que eu não
lhes mostrasse.
16. Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor:
17. Eis que vêm dias em que será levado para a Babilônia tudo quanto
houver em minha casa, bem como o que os teus pais entesouraram até o dia de
hoje; não ficará coisa alguma, diz o Senhor.
18. E até mesmo alguns de teus filhos, que procederem de ti, e que tu
gerares, levarão; e eles serão eunucos no paço do rei de Babilônia.
19. Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que
disseste. Disse mais: Pois não é assim, se em meus dias vai haver paz e
segurança?
20. Ora, o restante dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez
a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água para a cidade, porventura não
estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
21. E Ezequias dormiu com seus pais. E Manassés, seu filho, reinou em
seu lugar.
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II Reis 21
1. Manassés tinha doze anos quando começou a reinar, e reinou
cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hefzibá.
2. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações das
nações que o Senhor desterrara de diante dos filhos de Israel.
3. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha
destruído, e levantou altares a Baal, e fez uma Asera como a que fizera Acabe,
rei de Israel, e adorou a todo o exército do céu, e os serviu.
4. E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em
Jerusalém porei o meu nome.
5. Também edificou altares a todo o exército do céu em ambos os
átrios da casa do Senhor.
6. E até fez passar seu filho pelo fogo, e usou de augúrios e de
encantamentos, e instituiu adivinhos e feiticeiros; fez muito mal aos olhos do
Senhor, provocando-o à ira.
7. Também pôs a imagem esculpida de Asera, que tinha feito, na casa de
que o Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém,
que escolhi dentre todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre;
8. e não mais farei andar errante o pé de Israel desta terra que tenho
dado a seus pais, contanto que somente tenham cuidado de fazer conforme tudo o
que lhes tenho ordenado, e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes
ordenou.
9. Eles, porém, não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar,
que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos
filhos de Israel.
10. Então o Senhor falou por intermédio de seus servos os profetas,
dizendo:
11. Porquanto Manassés, rei de Judá, cometeu estas abominações,
fazendo pior do que tudo quanto fizeram os amorreus, que foram antes dele, e com
os seus ídolos fez Judá também pecar;
12. por isso assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que trago tais males
sobre Jerusalém e Judá, que a qualquer que deles ouvir lhe ficarão retinindo
ambos os ouvidos.
13. Estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samária e o prumo da casa de
Acabe; e limparei Jerusalém como quem limpa a escudela, limpando-a e virando-a
sobre a sua face.
14. Desampararei os restantes da minha herança, e os entregarei na mão
de seus inimigos. tornar-se-ão presa e despojo para todos os seus inimigos;
15. porquanto fizeram o que era mau aos meus olhos, e me provocaram à
ira, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até hoje.
16. Além disso, Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que
encheu Jerusalém de um a outro extremo, afora o seu pecado com que fez Judá
pecar fazendo o que era mau aos olhos do Senhor.
17. Quanto ao restante dos atos de Manassés, e a tudo quanto fez, e ao
pecado que cometeu, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos
reis de Judá?
18. E Manassés dormiu com seus pais, e foi sepultado no jardim da sua
casa, no jardim de Uzá. E Amom, seu filho, reinou em seu lugar.
19. Amom tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou dois
anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Mesulemete, filha de Haniz, de Jotba.
20. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, como fizera Manassés, seu
pai;
21. e andou em todo o caminho em que seu pai andara, e serviu os ídolos
que ele tinha servido, e os adorou.
22. Assim deixou o Senhor, Deus de seus pais, e não andou no caminho do
Senhor.
23. E os servos de Amom conspiraram contra ele, e o mataram em sua casa.
24. O povo da terra, porém, matou a todos os que conspiraram contra o
rei Amom, e constituiu Josias, seu filho, rei em seu lugar.
25. Quanto ao restante dos atos de Amom, porventura não está escrito no
livro das crônicas dos reis de Judá?
26. E o puseram na sua sepultura, no jardim de Uzá. E Josias, seu filho,
reinou em seu lugar.
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II Reis 22
1. Josias tinha oito anos quando começou a reinar, e reinou trinta e um
anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jedida, filha de Adaías, de Bozcate.
2. Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho
de Davi, seu pai, não se apartando dele nem para a direita nem para a esquerda.
3. No ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã,
filho de Azalias, filho de Mesulão, à casa do Senhor, dizendo-lhe:
4. Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que faça a soma do dinheiro
que se tem trazido para a casa do Senhor, o qual os guardas da entrada têm
recebido do povo;
5. e que só entreguem na mão dos mestres de obra que estão
encarregados da casa do Senhor; e que estes o dêem aos que fazem a obra, aos
que estão na casa do Senhor para repararem os estragos da casa,
6. aos carpinteiros, aos edificadores, e aos pedreiros. e que comprem
madeira e pedras lavradas, a fim de repararem a casa.
7. Contudo não se tomava conta a eles do dinheiro que se lhes entregava
nas mãos, porquanto se haviam com fidelidade.
8. Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o
livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias entregou o livro a Safã, e ele o
leu.
9. Depois o escrivão Safã veio ter com o rei e, dando ao rei o
relatório, disse: Teus servos despejaram o dinheiro que se achou na casa, e o
entregaram na mão dos mestres de obra que estão encarregados da casa do
Senhor.
10. Safã, o escrivão, falou ainda ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias
me entregou um livro. E Safã o leu diante do rei.
11. E sucedeu que, tendo o rei ouvido as palavras do livro da lei, rasgou
as suas vestes.
12. Então o rei deu ordem a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de
Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã, o escrivão, e Asaías, servo do
rei, dizendo:
13. Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelo povo, e por todo o Judá,
acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do
Senhor, que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às
palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está
escrito.
14. Então o sacerdote Hilquias, e Aicão, e Acbor, e Safã, e Asaías
foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticvá, filho de
Harás, o guarda das vestiduras (ela habitava então em Jerusalém, na segunda
parte), e lhe falaram.
15. E ela lhes respondeu: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao
homem que vos enviou a mim:
16. Assim diz o Senhor: Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os
seus habitantes, conforme todas as palavras do livro que o rei de Judá leu.
17. Porquanto me deixaram, e queimaram incenso a outros deuses, para me
provocarem à ira por todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu
contra este lugar, e não se apagará.
18. Todavia ao rei de Judá, que vos enviou para consultar ao Senhor,
assim lhe direis: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Quanto às palavras que
ouviste,
19. porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o
Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar, e contra os seus
habitantes, isto é, que se haviam de tornar em assolação e em maldição, e
rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o
Senhor.
20. Pelo que eu te recolherei a teus pais, e tu serás recolhido em paz
à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre
este lugar. Então voltaram, levando a resposta ao rei.
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II Reis 23
1. Então o rei deu ordem, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém
se ajuntaram a ele.
2. Subiu o rei à casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá,
todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas, e todo o povo,
desde o menor até o maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro
do pacto, que fora encontrado na casa do Senhor.
3. Então o rei, pondo-se em pé junto à coluna, fez um pacto perante o
Senhor, de andar com o Senhor, e guardar os seus mandamentos, os seus
testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma,
confirmando as palavras deste pacto, que estavam escritas naquele livro; e todo
o povo esteve por este pacto.
4. Também o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da
segunda ordem, e aos guardas da entrada, que tirassem do templo do Senhor todos
os vasos que tinham sido feitos para Baal, e para a Asera, e para todo o
exército do céu; e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e
levou as cinzas deles para Betel.
5. Destituiu os sacerdotes idólatras que os reis de Judá haviam
constituído para queimarem incenso sobre os altos nas cidades de Judá, e ao
redor de Jerusalém, como também os que queimavam incenso a Baal, ao sol, à
lua, aos planetas, e a todo o exército do céu.
6. Tirou da casa do Senhor a Asera e, levando-a para fora de Jerusalém
até o ribeiro de Cedrom, ali a queimou e a reduziu a pó, e lançou o pó sobre
as sepulturas dos filhos do povo.
7. Derrubou as casas dos sodomitas que estavam na casa do Senhor, em que
as mulheres teciam cortinas para a Asera.
8. Tirou das cidades de Judá todos os sacerdotes, e profanou os altos em
que os sacerdotes queimavam incenso desde Geba até Berseba; e derrubou os altos
que estavam às portas junto à entrada da porta de Josué, o chefe da cidade,
à esquerda daquele que entrava pela porta da cidade.
9. Todavia os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar do
Senhor em Jerusalém, porém comiam pães ázimos no meio de seus irmãos.
10. Profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que
ninguém fosse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque.
11. Tirou os cavalos que os reis de Judá tinham consagrado ao sol, à
entrada da casa do Senhor, perto da câmara do camareiro Natã-Meleque, a qual
estava no recinto; e os carros do sol queimou a fogo.
12. Também o rei derrubou os altares que estavam sobre o terraço do
cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá tinham feito, como também os
altares que Manassés fizera nos dois átrios da casa do Senhor; e, tendo-os
esmigalhado, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.
13. O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém,
à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara
a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e
a Milcom, abominação dos filhos de Amom.
14. Semelhantemente quebrou as colunas, e cortou os aserins, e encheu os
seus lugares de ossos de homens.
15. Igualmente o altar que estava em Betel, e o alto feito por Jeroboão,
filho de Nebate, que fizera Israel pecar, esse altar e o alto ele os derrubou;
queimando o alto, reduziu-o a pó, e queimou a Asera.
16. E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e
mandou tirar os ossos das sepulturas e os queimou sobre aquele altar, e assim o
profanou, conforme a palavra do Senhor proclamada pelo homem de Deus que
predissera estas coisas.
17. Então perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam-lhe os
homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e predisse
estas coisas que acabas de fazer contra este altar de Betel.
18. Ao que disse Josias: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos.
Deixaram estar, pois, os seus ossos juntamente com os do profeta que viera de
Samária.
19. Josias tirou também todas as casas dos altos que havia nas cidades
de Samária, e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o Senhor à
ira, e lhes fez conforme tudo o que havia feito em Betel.
20. E a todos os sacerdotes dos altos que encontrou ali, ele os matou
sobre os respectivos altares, onde também queimou ossos de homens; depois
voltou a Jerusalém.
21. Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a páscoa ao
Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto.
22. Pois não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que
julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos
dias dos reis de Judá.
23. Foi no décimo oitavo ano do rei Josias que esta páscoa foi
celebrada ao Senhor em Jerusalém.
24. Além disso, os adivinhos, os feiticeiros, os terafins, os ídolos e
todas abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, Josias os
extirpou, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o
sacerdote Hilquias achara na casa do Senhor.
25. Ora, antes dele não houve rei que lhe fosse semelhante, que se
convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas
as suas forças, conforme toda a lei de Moisés; e depois dele nunca se levantou
outro semelhante.
26. Todavia o Senhor não se demoveu do ardor da sua grande ira, com que
ardia contra Judá por causa de todas as provocações com que Manassés o
provocara.
27. E disse o Senhor: Também a Judá hei de remover de diante da minha
face, como removi a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi,
como também a casa da qual eu disse: Estará ali o meu nome.
28. Ora, o restante dos atos de Josias, e tudo quanto fez, por ventura
não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
29. Nos seus dias subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da
Assíria, ao rio Eufrates. E o rei Josias lhe foi ao encontro; e Faraó-Neco o
matou em Megido, logo que o viu.
30. De Megido os seus servos o levaram morto num carro, e o trouxeram a
Jerusalém, onde o sepultaram no seu sepulcro. E o povo da terra tomou a
Jeoacaz, filho de Josias, ungiram-no, e o fizeram rei em lugar de seu pai.
31. Jeoacaz tinha vinte e três anos quando começou a reinar, e reinou
três meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de
Libna.
32. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus
pais haviam feito.
33. Ora, Faraó-Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, para
que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs o tributo de cem talentos de
prata e um talento de ouro.
34. Também Faraó-Neco constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias, em
lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoiaquim; porém levou consigo
a Jeoacaz, que conduzido ao Egito, ali morreu.
35. E Jeoiaquim deu a Faraó a prata e o ouro; porém impôs à terra uma
taxa, para fornecer esse dinheiro conforme o mandado de Faraó. Exigiu do povo
da terra, de cada um segundo a sua avaliação, prata e ouro, para o dar a
Faraó-Neco.
36. Jeoiaquim tinha vinte e cinco ano quando começou a reinar, e reinou
onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zebida, filha de Pedaías, de
Ruma.
37. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus
pais haviam feito.
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II Reis 24
1. Nos seus dias subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim
ficou sendo seu servo por três anos; mas depois se rebelou contra ele.
2. Então o Senhor enviou contra Jeoiaquim tropas dos caldeus, tropas dos
sírios, tropas dos moabitas e tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra
Judá, para o destruírem, conforme a palavra que o Senhor falara por
intermédio de seus servos os profetas.
3. Foi, na verdade, por ordem do Senhor que isto veio sobre Judá para
removê-lo de diante da sua face, por causa de todos os pecados cometidos por
Manassés,
4. bem como por causa do sangue inocente que ele derramou; pois encheu
Jerusalém de sangue inocente; e por isso o Senhor não quis perdoar.
5. Ora, o restante dos atos de Jeoiaquim, e tudo quanto fez, porventura
não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
6. Jeoiaquim dormiu com seus pais. E Joaquim, seu filho, reinou em seu
lugar.
7. O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra, porque o rei de
Babilônia tinha tomado tudo quanto era do rei do Egito desde o rio do Egito
até o rio Eufrates.
8. Tinha Joaquim dezoito anos quando começou a reinar e reinou três
meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Neústa, filha de Elnatã, de
Jerusalém.
9. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seu pai
tinha feito.
10. Naquele tempo os servos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, subiram
contra Jerusalém, e a cidade foi sitiada.
11. E Nabucodonosor, rei de Babilônia, chegou diante da cidade quando
já os seus servos a estavam sitiando.
12. Então saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei da Babilônia, ele, e sua
mãe, e seus servos, e seus príncipes, e seus oficiais; e, no ano oitavo do seu
reinado, o rei de Babilônia o levou preso.
13. E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros da
casa do rei; e despedaçou todos os vasos de ouro que Salomão, rei de Israel,
fizera no templo do Senhor, como o Senhor havia dito.
14. E transportou toda a Jerusalém, como também todos os príncipes e
todos os homens valentes, deu mil cativos, e todos os artífices e ferreiros;
ninguém ficou senão o povo pobre da terra.
15. Assim transportou Joaquim para Babilônia; como também a mãe do
rei, as mulheres do rei, os seus oficiais, e os poderosos da terra, ele os levou
cativos de Jerusalém para Babilônia.
16. Todos os homens valentes, em número de sete mil, e artífices e
ferreiros em número de mil, todos eles robustos e destros na guerra, a estes o
rei de Babilônia levou cativos para Babilônia.
17. E o rei de Babilônia constituiu rei em lugar de Joaquim a Matanias,
seu tio paterno, e lhe mudou o nome em Zedequias.
18. Zedequias tinha vinte e um anos quando começou a reinar, e reinou
onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de
Libna.
19. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto
fizera Jeoiaquim.
20. Por causa da ira do Senhor, assim sucedeu em Jerusalém, e em Judá,
até que ele as lançou da sua presença. E Zedequias se rebelou contra o rei de
Babilônia.
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II Reis 25
1. E sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo
mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém com todo o seu
exército, e se acampou contra ela; levantaram contra ela tranqueiras em redor.
2. E a cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do rei Zedequias
3. Aos nove do quarto mês, a cidade se via tão apertada pela fome que
não havia mais pão para o povo da terra.
4. Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de
noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim
do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo
caminho da Arabá.
5. Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas
campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.
6. Então prenderam o rei, e o fizeram subir a Ribla ao rei de
Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele.
7. Degolaram os filhos de Zedequias à vista dele, vasaram-lhe os olhos,
ataram-no com cadeias de bronze e o levaram para Babilônia.
8. Ora, no quinto mês, no sétimo dia do mês, no ano décimo nono de
Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão, capitão da
guarda, servo do rei de Babilônia;
9. e queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as
casas de Jerusalém; todas as casas de importância, ele as queimou.
10. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda,
derrubou os muros em redor de Jerusalém.
11. Então o resto do povo que havia ficado na cidade, e os que já se
haviam rendido ao rei de babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradão,
capitão da guarda, levou cativos.
12. Mas dos mais pobres da terra deixou o capitão da guarda ficar alguns
para vinheiros e para lavradores.
13. Ademais os caldeus despedaçaram as colunas de bronze que estavam na
casa do Senhor, como também as bases e o mar de bronze que estavam na casa do
senhor e levaram esse bronze para Babilônia. ,
14. Também tomaram as caldeiras, as pás, as espevitadeiras, as
colheres, e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava,
15. como também os braseiros e as bacias; tudo o que era de ouro, o
capitão da guarda levou em ouro, e tudo o que era de prata, em prata.
16. As duas colunas, o mar, e as bases, que Salomão fizera para a casa
do Senhor, o bronze de todos esses utensílios era de peso imensurável.
17. A altura duma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um
capitel de bronze, cuja altura era de três côvados; em redor do capitel havia
uma rede e romãs, tudo de bronze; e semelhante a esta era a outra coluna com a
rede.
18. O capitão da guarda tomou também Seraías, primeiro sacerdote,
Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da entrada.
19. Da cidade tomou um oficial, que tinha cargo da gente de guerra, e
cinco homens dos que viam a face do rei e que se achavam na cidade, como também
o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra, e sessenta homens
do povo da terra, que se achavam na cidade.
20. Tomando-os Nebuzaradão, capitão da guarda, levou-os ao rei de
Babilônia, a Ribla.
21. Então o rei de Babilônia os feriu e matou em Ribla, na terra de
Hamate. Assim Judá foi levado cativo para fora da sua terra.
22. Quanto ao povo que tinha ficado, na terra de Judá, Nabucodonosor,
rei de Babilônia, que o deixara ficar, pôs por governador sobre ele Gedalias,
filho de Aicão, filho de Safã.
23. Ouvindo, pois, os chefes das forças, eles e os seus homens, que o
rei de Babilônia pusera Gedalias por governador, vieram ter com Gedalias, a
Mizpá, a saber: Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías,
filho de Tanumete netofatita, e Jaazanias, filho do maacatita, eles e os seus
homens.
24. E Gedalias lhe jurou, a eles e aos seus homens, e lhes disse: Não
temais ser servos dos caldeus; ficai na terra, e servi ao rei de Babilônia, e
bem vos irá.
25. Mas no sétimo mês Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, da
descendência real, veio com dez homens, e feriram e mataram Gedalias, como
também os judeus e os caldeus que estavam com ele em Mizpá.
26. Então todo o povo, tanto pequenos como grandes, e os chefes das
forças, levantando-se, foram para o Egito, porque temiam os caldeus.
27. Depois disso sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro de
Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do décimo segundo mês,
Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em que começou a reinar, levantou a
cabeça de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão;
28. e lhe falou benignamente, e pôs o seu trono acima do trono dos reis
que estavam com ele em Babilônia.
29. Também lhe fez mudar as vestes de prisão; e ele comeu da mesa real
todos os dias da sua vida.
30. E, quanto à sua subsistência, esta lhe foi dada de contínuo pelo
rei, a porção de cada dia no seu dia, todos os dias da sua vida.
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