JONAS

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Nome: O nome é tirado de seu maior personagem, Jonas, cujo nome significa pomba. No livro de Jonas conta-se a história de um profeta desobediente e sem compaixão. Deus mandou que fosse pregar em Nínive, capital do grande império da Assíria, nação inimiga mortal do povo de Israel. Mas Jonas não foi pregar naquela cidade. Ele sabia que se os seus moradores se arrependessem, Deus não destruiria a cidade. Por isso desobedeceu, foi castigado e finalmente acabou obedecendo, ficando profundamente desapontado quando viu que suas ameaças de destruição não se cumpriram.

Esboço:
Jonas foge de Deus - cap.1
A oração de Jonas - cap. 2
Jonas em Nínive - cap. 3
A raiva de Jonas e a misericórdia de Deus - cap. 4

Capítulos: 4
Palavra chave: Destruição
Versículo chave: 3.2
Autor: Jonas
Data: 790 a.C.

Mensagens:
1) Sobre o amor de Deus e seu cuidado para com as nações pagãs. Isso pode ser visto no tratamento de Deus com Nínive. A sua atitude diante dela foi de piedade (4.11) e os seus esforços em favor dela foram sinceros. Ele lhe enviou uma mensagem e cancelou o castigo quando ela se arrependeu. Isso mostra o amor de Deus pela cidade pecadora e é especialmente um empreendimento de missões estrangeiras.

2) Acerca de Deus e seus servos. Deus comissiona e envia os mensageiros. Pacientemente, ele persiste até que eles vão. Não podemos escapar de Deus.

3) Acerca de nosso fracasso no dever. Por muitas vezes nós falhamos devido à nossa ignorância sobre Deus e à nossa má compreensão dele. Também falhamos por causa da nossa falta de amor aos estrangeiros (assim como Jonas odiava a Nínive). Podemos vencer obedecendo a Deus, o que resultará em amor pelos homens.

4) Sobre o verdadeiro arrependimento e o amor de Deus. Jonas, os marinheiros, e a cidade de Nínive, são exemplos de que como nada, exceto o legítimo temor e arrependimento pode trazer livramento da parte de Jeová. Eles também mostram que todo aquele que se arrepender será perdoado.

5) Sobre a função do pregador e profeta. O seu dever é apenas pregar a mensagem que Deus lhe deu, pregá-la onde Deus lhe diz, sem medo da morte e sem interesses pessoais, não se preocupando com os resultados - deve deixá-los para Deus.

6) Sobre a afirmação dos judeus de que Deus se preocupa somente com eles. É demonstrado que isso é falso através do desejo de Deus de enviar um profeta à Nínive, pela sua punição contra Jonas devido a sua indisposição para ir, e pelo seu perdão dado à Nínive quando ouve arrependimento.


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Jonas 1 Jonas 2 Jonas 3 Jonas 4

 


 

Jonas 1

1. Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2. Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3. Jonas, porém, levantou-se para fugir da presença do Senhor para Társis. E, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, da presença do Senhor.
4. Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, de modo que o navio estava a ponto de se despedaçar.
5. Então os marinheiros tiveram medo, e clamavam cada um ao seu deus, e alijaram ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem; Jonas, porém, descera ao porão do navio; e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.
6. O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e disse-lhe: Que estás fazendo, ó tu que dormes? Levanta-te, clama ao teu deus; talvez assim ele se lembre de nós, para que não pereçamos.
7. E dizia cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para sabermos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.
8. Então lhe disseram: Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu?
9. Respondeu-lhes ele: Eu sou hebreu, e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca.
10. Então estes homens se encheram de grande temor, e lhe disseram: Que é isso que fizeste? pois sabiam os homens que fugia da presença do Senhor, porque ele lho tinha declarado.
11. Ainda lhe perguntaram: Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme? Pois o mar se ia tornando cada vez mais tempestuoso.
12. Respondeu-lhes ele: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.
13. Entretanto os homens se esforçavam com os remos para tornar a alcançar a terra; mas não podiam, porquanto o mar se ia embravecendo cada vez mais contra eles.
14. Por isso clamaram ao Senhor, e disseram: Nós te rogamos, ó Senhor, que não pereçamos por causa da vida deste homem, e que não ponhas sobre nós o sangue inocente; porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.
15. Então levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
16. Temeram, pois, os homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao Senhor, e fizeram votos.
17. Então o Senhor deparou um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
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Jonas 2

1. E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, lá das entranhas do peixe;
2. e disse: Na minha angústia clamei ao senhor, e ele me respondeu; do ventre do Seol gritei, e tu ouviste a minha voz.
3. Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim.
4. E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; como tornarei a olhar para o teu santo templo?
5. As águas me cercaram até a alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça.
6. Eu desci até os fundamentos dos montes; a terra encerrou-me para sempre com os seus ferrolhos; mas tu, Senhor meu Deus, fizeste subir da cova a minha vida.
7. Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.
8. Os que se apegam aos vãos ídolos afastam de si a misericórdia.
9. Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz de ação de graças; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação.
10. Falou, pois, o Senhor ao peixe, e o peixe vomitou a Jonas na terra.
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Jonas 3

1. Pela segunda vez veio a palavra do Senhor a Jonas, dizendo:
2. Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e lhe proclama a mensagem que eu te ordeno.
3. Levantou-se, pois, Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era uma grande cidade, de três dias de jornada.
4. E começou Jonas a entrar pela cidade, fazendo a jornada dum dia, e clamava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
5. E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o maior deles até o menor.
6. A notícia chegou também ao rei de Nínive; e ele se levantou do seu trono e, despindo-se do seu manto e cobrindo-se de saco, sentou-se sobre cinzas.
7. E fez uma proclamação, e a publicou em Nínive, por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo: Não provem coisa alguma nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas; não comam, nem bebam água;
8. mas sejam cobertos de saco, tanto os homens como os animais, e clamem fortemente a Deus; e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.
9. Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10. Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho, e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.
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Jonas 4

1. Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.
2. E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso é que me apressei a fugir para Társis, pois eu sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.
3. Agora, ó Senhor, tira-me a vida, pois melhor me é morrer do que viver.
4. Respondeu o senhor: É razoável essa tua ira?
5. Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez para si uma barraca, e se sentou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
6. E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira, e fê-la crescer por cima de Jonas, para que lhe fizesse sombra sobre a cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; de modo que Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira.
7. Mas Deus enviou um bicho, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a aboboreira, de sorte que esta se secou.
8. E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; e o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo: Melhor me é morrer do que viver.
9. Então perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da aboboreira? Respondeu ele: É justo que eu me enfade a ponto de desejar a morte.
10. Disse, pois, o Senhor: Tens compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que numa noite nasceu, e numa noite pereceu.
11. E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muito gado?
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